Lula diz que Janja é seu farol no governo e revela o que a deixa horrorizada

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) afirmou que a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, atua como uma espécie de farol para ele e que ela chama a sua atenção quando há “coisa errada”.

“A Janja é o meu farol, aquele farol que guia. Quando tem coisa errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama a atenção. Quando tem coisa na rede, ela me chama a atenção. Às vezes ela fala [alguma] coisa para mim que a minha assessoria não fala. E isso, obviamente, me ajuda”, disse o presidente em entrevista à rádio Metrópole da Bahia na manhã desta terça-feira (23).

Como a Folha de S.Paulo mostrou, mesmo na ausência de um cargo oficial, a primeira-dama se manteve influente conselheira de Lula ao longo do primeiro mandato do petista, em 2023, com atuação que extrapolou os limites do Palácio do Planalto, chegando ao Legislativo e ao Judiciário.

O petista disse que além dos cuidados pessoais que Janja tem em relação a ele, a primeira-dama é preocupada com a política, afirmando que “ela vive a política 24 h por dia”. O presidente também afirmou que a socióloga é interessada em questões sociais, temas relacionados ao meio ambiente, à sustentabilidade e é “muito preocupada com a questão das mulheres”.

“Você não tem noção como ela me cobra quando o [fotógrafo Ricardo Stuckert] Stuckinha tira uma fotografia minha e que só tem homem. Quando ela vê a foto ela fica horrorizada. ‘Você não tinha mulher para colocar na foto? Por que só homem, só homem, só homem?’ E, às vezes, a maioria é homem mesmo, fazer o quê?”, afirmou o petista.

Desde a campanha eleitoral, a socióloga afirma que quer ressignificar o papel de primeira-dama, historicamente associada ao trabalho voluntário. A onipresença da primeira-dama e a avaliação dela em temas que vão de economia à cultura, no entanto, provocou atritos com membros do governo e aliados do petista.

Ainda nesta terça, Lula disse que as mulheres conquistaram empoderamento e querem falar e participar, atuando como sujeito da história, e não mais coadjuvantes. “A Janja me ajuda muito nisso. Não é só porque ela é a minha mulher que tem que ficar quieta, não. Por ser minha mulher que ela tem que falar. Ela é militante política, ela gosta e faz política e tem que colocar o posicionamento dela”, disse.

VICTORIA AZEVEDO / Folhapress

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