BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) disse nesta sexta-feira (11) que vai comprar aviões novos para o governo federal, após ter passado por uma pane no México e permanecido quase cinco horas sobrevoando a capital do país.
Ele disse ainda ter superado o apelido de Aerolula para esse Airbus, dado por Leonel Brizola a ele em sua gestão passada, quando fez a troca do avião presidencial.
“Desse problema, tiramos uma lição: vamos comprar não apenas um avião, mas alguns aviões para que o Brasil, um pais grande, com 8,5 milhões km², 350 mil km de florestas tropicais, 8 mil km de fronteira marítima, precisamos nos preparar. Não dá para se pego de surpresa”, disse Lula.
“Avião para o presidente da República não é para o Lula, para o FHC ou para o Bolsonaro. É avião para a instituição presidência da República. Quem quer que seja eleito”, afirmou ainda.
Lula disse que, nos seus governos anteriores, foi “muito comedido”. E quando comprou o avião, buscou o menor e mais barato. E ainda assim Brizola alcunhou de “aerolula”.
“Superei isso. Aos 79 anos, superei isso. Um presidência da República tem que ser respeitada, instituição tem que ser respeitada. Brasil é muito grande e presidência da República não precisa correr risco”.
Um avião será para a presidência, mas os demais serão utilizados por ministros. Lula não disse quantos avoiões pretende comprar, mas já encomendou um estudo de compra para o ministro da Defesa, José Múcio.
O ministro comentou ainda a declaração de Múcio, após o titular da Defesa afirmar que questões ideológicas têm impedido o Exército de assinar contrato com uma empresa de Israel.
Segundo Lula, isso não abalou em nada a permanência dele no cargo. Ele contou que Múcio ligou “apavorado”, e que foi instruído pelo presidente a esquecer e tocar o barco.
A declaração foi dada em entrevista à rádio O Povo/CBN Fortaleza. Lula está na capital cearense desde a noite de quinta (10). Ele aproveitou a agenda oficial para participar de comício em apoio ao seu candidato à prefeitura, Evandro Leitão (PT).
MARIANNA HOLANDA / Folhapress