Lula fala com presidente de Israel e cita nova lista para resgates em Gaza

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone na tarde desta quinta-feira (16) com o presidente de Israel, Isaac Herzog.

Em nota, o Palácio do Planalto afirma que Lula agradeceu pelo apoio para a repatriação de cidadãos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza e disse que “está em preparação uma nova lista de brasileiros e seus parentes palestinos” que desejam deixar a região.

O telefonema durou cerca de 40 minutos e, segundo o governo, Herzog pediu para o presidente brasileiro reforçar o apelo para a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas.

A mesma nota afirma que Lula se comprometeu com o pedido de Herzog e disse já ter feito apelos pela libertação de reféns em contatos mantidos com líderes do Oriente Médio.

Lula ainda ouviu de Herzog “que serão feitos todos os esforços para que esses cidadãos possam sair de Gaza com a devida rapidez”, de acordo com o governo brasileiro.

A conversa entre o petista e o líder israelense ocorre no momento em que Lula tem elevado o tom das críticas sobre os ataques de Israel à Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira (13), quando os repatriados de Gaza chegaram ao Brasil, o presidente brasileiro equiparou Hamas e Israel ao dizer que ambos cometem atos de terrorismo.

A nota do Planalto diz que Lula reafirmou a tradição pacífica do Brasil e repudiou atos de antissemitismo na conversa com Herzog.

“[Lula] relembrou que o Brasil esteve envolvido com a criação do Estado de Israel e continua convencido da importância da solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado, com fronteiras seguras e mutuamente aceitas”, afirma o governo brasileiro sobre o telefonema.

“Recordou, a respeito, gestões do Brasil para a reforma das instâncias multilaterais de governança, que seja mais eficiente para a prevenção e resolução de conflitos como o que se prolonga no Oriente Médio. Lula manifestou grande preocupação com a gravíssima crise humanitária em Gaza e consternação com a perda de vidas, em particular de crianças.”

Redação / Folhapress

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