BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em crise com o Congresso, o presidente Lula (PT) decidiu nesta terça-feira (30) indicar o advogado Antônio Fabrício de Matos Gonçalves para uma vaga de ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Gonçalves é ex-presidente da OAB de Minas Gerais e teve a candidatura apadrinhada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e por setores próximos a ministros petistas, como o grupo jurídico Prerrogativas.
Ele disputava o cargo com outros dois advogados. Um deles é Adriano Costa Avelino, ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Também concorria ao posto a advogada Roseline Rabelo.
A vaga no TST era destinada a integrantes da advocacia, e a lista com os três nomes foi votada e encaminhada pela corte trabalhista a Lula na semana passada. O posto foi aberto em decorrência da aposentadoria do ministro Emmanoel Pereira.
Gonçalves ainda deve ser sabatinado e aprovado pelo Senado antes de ser nomeado ministro.
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) parabenizou Gonçalves pela indicação.
“A indicação de Antônio Fabrício de Matos Gonçalves para o cargo de ministro do TST é motivo de grande satisfação para toda a comunidade jurídica. Sua trajetória profissional e sua dedicação ao direito do trabalho o tornam um nome notável e apto a contribuir significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento da justiça trabalhista em nosso país”, disse o presidente da Ordem, Beto Simonetti, no comunicado.
Nas últimas semanas, advogados ligados à esquerda afirmaram aos aliados do presidente que Avelino, o afilhado de Lira, fez postagens no passado em redes sociais contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Gonçalves presidiu o braço mineiro da OAB de 2016 a 2018, e também foi presidente da comissão nacional de direitos sociais da OAB, além de presidente da Abrat (Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas).
Ele possui pós-graduação em direito de empresa e mestrado em direito do trabalho, obtendo o primeiro lugar no doutorado em direito do trabalho.
A indicação de Gonçalves constou em edição do Diário Oficial desta terça e foi assinada em evento com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Luiz Marinho (Trabalho).
JOSÉ MARQUES / Folhapress