NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente Lula participou de um jantar, na noite de terça-feira (24), na casa de um executivo da Shein em Nova York. O evento foi organizado pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva.
Na tarde desta quarta (25), Lula disse que havia participado de um jantar em Nova York, cidade onde ele participou da Assembleia-Geral da ONU. Mas o petista não deu detalhes sobre o encontro.
“Quase não comi, porque sempre que vejo pessoas tenho vontade de convencê-las”, declarou. “Nós temos uma chance, nessa segunda metade do século 21, extraordinariamente fantástica, e a gente não pode jogar fora.”
O jantar aconteceu na casa de Marcelo Claure, vice-presidente global da Shein. De acordo com interlocutores ouvidos pela reportagem, estiveram no evento representantes de empresas como Google e Meta, além de fundos soberanos do Qatar e da Arábia Saudita. Outros presentes foram o ex-secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Claure publicou nas redes sociais uma foto com Lula no jantar. “Foi uma honra à noite receber na minha casa, em Nova York durante da Assembleia-Geral da ONU, o presidente Lula, do Brasil. Suas palavras foram excepcionais, destacando as oportunidades que o Brasil oferece aos investidores estrangeiros. Sou alguém que acredita no Brasil”, disse.
De acordo com interlocutores, Lula falou de improviso. Destacou que o Brasil tem uma matriz de energia limpa e prometeu credibilidade e estabilidade na economia.
Josué preside do grupo Coteminas, que está em recuperação judicial, com passivo de R$ 2 bilhões.
Antes do jantar, Lula teve reuniões com dirigentes das agências de classificação de risco.
Sobre esses encontros, Lula afirmou que disse aos representantes das agências para eles não ouvirem só a Faria Lima e os empresários sobre o cenário econômico brasileiro.
“Chamei [as agências], porque é importante que vocês saibam da boca do presidente da República o que que está acontecendo no Brasil. Não precisa ouvir só Faria Lima, empresários, ouça trabalhadores e presidente da República”, disse Lula.
MARIANNA HOLANDA E RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress