SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou sobre a escalada de bombardeios contra o Líbano, que deixaram mais de 180 mortos e 400 feridos nesta segunda-feira (23).
“Não esperamos por uma ameaça, nós a antecipamos”. Em um vídeo publicado nas redes sociais na manhã de hoje, o primeiro-ministro disse que as ações ocorrem “em todos os lugares, em todos os espaços, a qualquer momento”.
Ações tentam “mudar o equilíbrio de poder” na região, disse Netanyahu. O primeiro-ministro afirmou que “terroristas e esconderijos de mísseis” foram eliminados nos ataques, que teriam como mira alvos do Hezbollah. Entre os mortos, segundo o governo libanês, há mulheres e crianças.
“Machucaremos ainda mais quem quer que tente nos machucar”, afirmou o primeiro-ministro. Segundo Netanyahu, milhares de foguetes direcionados a cidades de Israel foram destruídos.
“Quem quer que tente nos machucar, nós o machucamos ainda mais. Prometi que mudaríamos o equilíbrio de segurança e o equilíbrio de poder no norte. É exatamente isso que estamos fazendo”, disse Benjamin Netanyahu, em publicação nas redes sociais.
CRISE ENTRE DOIS PAÍSES FOI INTENSIFICADA
Explosões de pagers e o bombardeio israelense que matou cúpula militar do Hezbollah intensificaram conflitos. Um ataque a uma área residencial no subúrbio de Beirute matou o líder sênior Ibrahim Aqil e outro comandante, Ahmed Wahbi, na sexta-feira. Este é considerado o ataque mais mortal na região desde o 7 de outubro.
Após as explosões, Hezbollah anunciou que “abriu uma segunda frente” de combate contra Israel. A ofensiva ocorre, segundo o grupo extremista, em solidariedade aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. A organização prometeu lutar até um cessar-fogo na guerra paralela de Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que os ataques continuariam até que fosse seguro para as pessoas evacuadas no norte retornarem, preparando o cenário para um longo conflito. O exército israelense disse que atingiu cerca de 290 alvos no sábado, incluindo milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah, e que continuaria a atingir mais.
Número de mortos no conflito no país desde outubro ultrapassou 750. Este é considerado o pior conflito entre Israel e Hezbollah desde a guerra de 2006.
Redação / Folhapress