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Magic Paula sobre técnica gringa na seleção de basquete: ‘Olhar diferente’

CAMPINAS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um dos grandes nomes do basquete brasileiro, Magic Paula vê com bons olhos a chegada de da norte-americana Pokey Chatman para o comando da seleção feminina.

Pokey foi anunciada no fim do ano passado. Ela, que atuou por 14 anos ininterruptos na WNBA, a liga feminina dos Estados Unidos, assumiu a equipe em um momento de renovação e com a missão de conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, após a ausência do time em Paris-2024.

“Acho que mudanças são importantes. Trazer uma técnica estrangeira, talvez, dê outra conotação, outro brilho, outra motivação, principalmente para as jogadoras. Talvez, o olhar dela signifique uma renovação que a gente vem há anos tentando seguir, com uma geração que já está aí há algum tempo e uma mescla que já está acontecendo”, disse Magic Paula.

Campeã mundial em 1994 e medalhista de prata em Atlanta-1996, Paula ressalta que os resultados positivos não vão acontecer de maneira imediata e pediu paciência como o processo necessário.

“Não é porque você troca o treinador que vai ter resultados. É um processo. Vem alguém que tem um olhar diferente, que mora no país do basquete, onde o esporte é muito evoluído… Não acredito em resultados imediatos, tem o tempo para ela trabalhar. Vamos ter de ter paciência para melhorar e ver como ela vai conduzir”, completa Magic Paula.

Técnico medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 com a seleção feminina, Antônio Carlos Barbosa acredita que resultados recentes geraram reflexão. Ele acha que a atual geração pode alterar o rumo e conseguir chegar a vaga nas Olimpíadas.

“No [basquete] feminino, infelizmente, passamos por uma sequência de equívocos em alguns campeonatos, algumas eliminatórias, e chega o momento de reflexão. Mesmo após a geração da [Magic] Paula, Hortência, conseguimos, por um bom tempo, nos manter entre os quatro do mundo. Agora, acho que temos uma geração que pode, realmente, conseguir uma classificação e mudar o patamar”, disse Antônio Carlos Barbosa.

“Uma geração apoiada na Kamilla Cardoso, que é diferenciada e pode ser utilizada de maneira inteligente. Temos a Damiris [Dantas], uma jogadora excepcional, e algumas promessas que estão aparecendo. Acredito que podemos voltar a sonhar com uma boa classificação”, completou.

Membro do Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete e vice-presidente de Federação Paulista de Basquete, Barbosa comentou o momento das ligas nacionais.

“Acho que a liga masculina é uma realidade de organização e de nível técnico muito bom. A Liga Feminina está fazendo um grande trabalho, mas não pode desejar que aumente o número de participantes porque há o risco de pulverizar muito devido ao número de jogadoras que possam fazer os times competitivos. Temos muitas meninas jogando no exterior. Vejo, hoje, três equipes muito boas, que é o caso do Sampaio, do Corinthians e da Araraquara. Daí em diante, vamos ver o que vai acontecer na hora em que as jogadoras que estão fora [por um período] voltarem para o Brasil. Há algumas equipes que estão um pouco abaixo da média”

Magic Paula e Antônio Carlos Barbosa estiveram na CBC & Clubes Expo, que aconteceu em Campinas, entre os dias 11 e 15 de março. A ex-jogadora esteve ao lado da ginasta Jade Barbosa e da saltadora Maurren Maggi na palestra “Mulheres olímpicas”. Já Barbosa, integrou o debate “Federação Paulista de Basketball – Troca de experiência entre gerações do basquete paulista”, ao lado de Enio Vecchi e Bernardo dos Santos.

ALEXANDRE ARAUJO / Folhapress

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