Mais de 100 integrantes do PCC são alvos de mandado de prisão em MG e SP

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Regional) de Minas Gerais cumpre mandados de prisão e apreensão contra integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), nesta quinta-feira (18).

116 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão estão sendo cumpridos. A operação ocorre nos Bairros Canaã, Laranjeiras, Integração, Morumbi, Alvorada, Shopping Park, além das cidades de Tupaciguara e Ituiutaba, e vários presídios de Minas Gerais e São Paulo.

A investigação iniciou após informações de que parte da facção estaria recebendo drogas e celulares dentro de presídio. Os presos se aproveitaram que o equipamento de body scan estava com defeito, na unidade prisional Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.

Os suspeitos planejavam matar um policial penal. A 5ª Vara Criminal já recebeu a denúncia envolvendo os investigados, que responderão por organização criminosa, tráfico e ingresso de aparelhos celulares no sistema prisional.

O QUE O GAECO DESCOBRIU NAS CELAS?

O Gaeco descobriu parte do esquema e organização detalhados da facção dentro dos presídios. Uma incursão foi feita nas salas da ala conhecida como Pavilhão do PCC.

Facção fazia controle de presos faccionados por meio de registros. Havia um ”cara-crachá” para cada um, com menção ao nome do integrante, data de nascimento, idade, nome da mãe, data e local do batismo, origem da ”quebrada” e as funções ocupadas.

Membros faziam levantamento das áreas que comandava dentro do local. Por exemplo, venda de drogas, aluguel de quadra de futebol, apostas de partidas e dívidas.

Integrantes eram divididos em núcleos de tarefas. O esquema serve para fazer a divisão de funções e acompanhamento do trabalho pelos superiores. São 23 núcleos, como tabacaria, jogo do bicho, arquivo morto, financeiro, lista negra, disciplina, entre outros.

Presos mantêm contato com integrantes em liberdade. Os que estão fora das prisões cumprem ordens para a prática de crimes em prol do PCC. A droga que entra no presídio funciona como moeda.

Redação / Folhapress

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