Manifestantes entram em forte confronto com polícia em Buenos Aires

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Manifestantes de movimentos sociais entraram em confronto com a polícia, no início da tarde desta quarta-feira (10), em uma das principais avenidas de Buenos Aires (Argentina). Pelo menos onze pessoas foram detidas.

Os movimentos se reuniram por volta das 11h em frente ao prédio onde funciona o Ministério do Desenvolvimento Social, atual Secretaria da Criança, da Adolescência e da Família. O motivo do protesto é contra as medidas econômicas aplicadas pelo governo de Javier Milei. Os manifestantes exigem canal de diálogo..

A polícia não foi avisada antecipadamente sobre o protesto. Os militares chegaram cerca de trinta minutos depois e fecharam a 9 de Julho, uma das principais avenidas de Buenos Aires, onde era realizada a manifestação. A tensão aumentou quando o cordão de isolamento policial começou a avançar.

As forças federais e a polícia da capital argentina agiram com bala de borracha e utilizando até mesmo caminhões com jatos d’água. Dois helicópteros sobrevoaram a área. Os manifestantes recuaram e responderam atirando pedras.

Pelo menos doze pessoas foram presas. Os nomes dos detidos não foram divulgados. Oito delas teriam sido presas por atirar pedras, agredir funcionários ou vandalizar carros estacionados. Dois policiais ficaram feridos na ação. Um dos jornalistas da rede local Crónica TV, que trabalhava na cobertura, foi atingido por uma bala de borracha na boca.

A via foi liberada pela polícia pouco depois do meio-dia. “Todos os dias que tivermos que evacuar, faremos isso. É uma ordem do Chefe de Governo e um sentimento de toda a cidade de Buenos Aires”, declarou o Ministro da Segurança de Buenos Aires, Waldo Wolff.

“Foi repentinamente, eles desceram [à rua] coordenados, não estavam bloqueando nenhuma artéria até aquele momento. Conversamos com as pessoas que se organizaram e tentaram dialogar, mas elas não quiseram dialogar. Quando começaram a cortar, solicitamos imperativamente que parassem com a violação. Desobstruímos a avenida e agora podemos avançar”, disse Waldo Wolff, ministro da Segurança de Buenos Aires.

Manifestação foi definida como “Dia Nacional de Luta”. Ela foi convocada pela UTEP (União dos Trabalhadores da Economia Popular) e pela Unidade Piquetera.

“Faremos uma jornada de luta nacional junto com as organizações sociais, para continuar a tornar visível a situação crítica que vive o nosso país , especialmente o último da linha que compõem o setor da economia popular”, disseram as lideranças da UTEP, em comunicado.

Redação / Folhapress

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