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Marca chinesa Vivo chega ao Brasil como Jovi e anuncia produção de celulares em Manaus

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A marca chinesa de smartphones Vivo anunciou nesta segunda-feira (7) que chega ao Brasil sob o nome Jovi e com ênfase em fotografia, design e produção local. Os primeiros aparelhos, fabricados em Manaus, devem chegar no mercado nacional ainda neste trimestre.

Presente em mais de 60 países e com 500 milhões de usuários, a Vivo é uma das principais fabricantes da China, onde liderou o segmento no quarto trimestre de 2024 com 18% de participação, segundo dados da Counterpoint, ligeiramente acima de Apple e Huawei, com 17% cada.

No mundo, ficou em quarta colocação, com 8%, atrás de Apple (23%), Samsung (16%) e Xiaomi (13%).

Segundo a empresa, a produção na Zona Franca fomenta o desenvolvimento local, garante maior competitividade e aproxima a marca do consumidor brasileiro. A Jovi ainda não divulgou os modelos que serão disponibilizados no país nem seus preços.

A Vivo estudava entrar no país havia pelo menos quatro anos, mas o desembarque foi adiado, entre outros motivos, por causa da disputa pelo uso da marca com a operadora de mesmo nome. A fabricante tentou um acordo com a tele para conseguir registrar a sua marca global no país, mas não obteve um aceno positivo.

Questionada pela Folha de S.Paulo em fevereiro, a Telefónica informou que “a empresa de telecomunicações Vivo é a marca do Grupo Telefónica no Brasil e única detentora dos direitos de uso comerciais no país”.

A Vivo se internacionalizou nos últimos anos com alto investimento em tecnologia e marketing, o que incluiu o patrocínio às Copas do Mundo de 2018 e 2022 e das Eurocopas de 2020 e 2024.

“A entrada no mercado brasileiro marca um capítulo em uma expansão global que busca oferecer aos brasileiros dispositivos que mesclam tendências internacionais a funcionalidades pensadas para as necessidades locais”, disse a empresa em comunicado.

Os celulares da Jovi terão um sistema de fotografia desenvolvido em parceria com a empresa Zeiss, conhecida pelas lentes. A colaboração permite a incorporação de tecnologias como um revestimento que visa reduzir reflexos e distorções nas imagens. A empresa também adota algoritmos de IA, estabilização avançada e sensores de alta resolução.

A Vivo divide seu catálogo nas linhas X (mais premium), V, Y, e T (mais acessível). Os mais avançados hoje são o X200 Pro e o dobrável Fold3 Pro.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o mercado brasileiro enfrenta nos últimos anos a chegada em peso de marcas chinesas de celular.

Outra estreante recente foi a Honor, antiga subsidiária da Huawei, que lançou seus produtos no final de janeiro. Ela se juntou à Oppo, que chegou em 2022, e à Xiaomi, cuja operação se iniciou em 2015, foi desativada, e retornou de vez em 2019. Das grandes, só a Huawei não vende telefones.

As marcas também apostam na produção local. É o caso da Oppo, que anunciou parceria com a Multi em 2024. Já a Positivo fechou um acordo em 2021 para produzir a linha Infinix, da marca Transsion, também da China e maior vendedora de smartphones na África.

Também produzem no país a Motorola, da chinesa Lenovo, e a Samsung. A Xiaomi, por enquanto, só importa e distribui os aparelhos por meio da distribuidora DL, embora tenha sinalizado o interesse de produzir no país. A Honor também importa pela DL.

GUSTAVO SOARES / Folhapress

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