Marcos Pasquim, ex-galã descamisado, explora outros atributos em ‘Luz’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Marcos Pasquim já foi um dos principais astros de novelas da Globo. Após papéis em “Uga Uga” (2000) e “Kubanacan” (2003), entre outras, ficou com a pecha de mostrar com frequência imodesta o tanquinho na televisão e acabou ganhando o apelido de “galã descamisado”.

Aos 54 anos, no entanto, ele tenta mostrar outros atributos -e aproveita para explorar águas antes não navegadas por ele. Como em “Luz”, na qual interpreta o capataz Baltazar, funcionário de Carlos (Celso Frateschi), um rico e maldoso fazendeiro.

A produção, que estreia na quarta-feira (7) na Netflix, é primeira série nacional voltada ao público infantojuvenil da plataforma. O investimento chega após a divulgação de que a novelinha “Chiquititas”, do SBT, se tornou uma das produções brasileiras mais assistidas da gigante do streaming em 2023.

Na trama, Baltazar é o encarregado por Carlos de se livrar da neta dele, Luz (Marianna Santos), após os pais da recém-nascida morrerem. Ele então a leva para uma comunidade indígena, de onde ela sai aos 9 anos em busca de sua origem.

Pasquim diz à reportagem que é difícil recusar algum trabalho, já que é do tipo topa tudo. “Enquanto surgirem convites, vou fazer”, afirma. “Em streaming, série, novela, teatro, cinema, o que for… Tudo é gostoso, não quero parar de trabalhar nunca.”

No passado, o ator já reclamou do modelo de contrato que teve por anos na Globo. Segundo ele, a exclusividade exigida contratualmente o impediu de embarcar em outros tipos de trabalho. Agora, foi justamente a oportunidade de ingressar em algo novo que o motivou a fazer os testes.

Para ele, a ambientação vai levar o nome do país ao resto do mundo. “Um dos assuntos que mais gostei foi mostrar a selva, a tribo indígena e o meio ambiente”, diz. “Com certeza, vai fazer as pessoas pensarem sobre [o assunto].”

“É uma grande vitrine de algo verdadeiramente brasileiro”, avalia. “E não é apenas uma história infantil, tem complexidades, aborda questões familiares e educacionais, da vida comum.”

MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress

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