RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Marinha destacou um grupo de fuzileiros navais para montar um hospital de campanha no Rio Grande do Sul a fim de atender as vítimas das enchentes. Os militares embarcam em uma aeronave nesta terça-feira (7), na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e desembarcam em Canoas (a 18 km de Porto Alegre).
Segundo a Marinha, 18 militares embarcam nesta terça, e outro grupo parte para o Rio Grande do Sul na quarta. A ideia é ter até 45 militares vinculados à saúde para auxiliar no resgate de vítimas das enchentes. Entre os militares estão médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais e psicólogos.
A Marinha escalou médicos especialistas em clínica médica, pediatria e ortopedia. O hospital de campanha, com capacidade para operar com até 40 leitos, é ajustado para realizar atendimentos e pequenos procedimentos de cirurgia geral.
Diretor da unidade médica expedicionária da Marinha, o capitão de fragata Demóstenes Apostolides afirmou que a intenção da tropa é iniciar a montagem do hospital de campanha ainda nesta terça.
“Visto a situação que acomete vários municípios, a intenção é, assim que possível, erguer o hospital de campanha. Hoje estamos levando parcialmente o material, cerca de dez toneladas de equipamentos.”
Além da estrutura do hospital de campanha, a aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) leva também medicamentos e equipamentos de primeiros socorros.
Demais militares da missão vão embarcar na quarta-feira (8) no navio-aeródromo multipropósito Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina. A previsão de chegada é no sábado (11). O contingente conta com 300 militares, 50 viaturas e 31 embarcações.
O navio deve levar oito embarcações de médio e pequeno porte para auxiliar no resgate às vítimas das enchentes. A Marinha ainda usa oito lanchas para transportar famílias desabrigadas pelas chuvas.
O navio também vai transportar caminhões-caçamba, retroescavadeiras e outros equipamentos de engenharia. Os fuzileiros navais serão utilizados em desobstrução de vias, resgate de isolados, transporte e distribuição de alimentos. Eles se juntarão a outros 75 fuzileiros navais de Rio Grande (RS) que já trabalham no resgate de vítimas desde o dia 3 de maio.
“Temos notícias de que as pessoas estão ilhadas, isoladas, precisando de medicamentos, alimentos. Além disso, há relatos de pessoas que estão sendo assaltadas. Vamos dar segurança”, afirmou o capitão de mar-e-guerra Dirlei Donizete.
YURI EIRAS / Folhapress