Masp arrecada R$ 3,2 milhões em jantar anual para levantar fundos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Museu de Arte de São Paulo, o Masp, arrecadou R$ 3,2 milhões no jantar anual de levantamento de fundos para o museu, na semana passada. Este valor é um recorde nos nove eventos do tipo no museu, segundo a instituição.

“O jantar é muito importante. É o projeto que mais dá dinheiro não incentivado para o museu”, diz Juliana Sá, a vice-presidente do Masp. Verba incentivada é dinheiro público obtido por mecanismos fiscais como a Lei Rouanet.

O evento, um jantar seguido de show de Vanessa da Mata na própria sede do museu, na avenida Paulista, teve a participação de cerca de 900 pessoas. Mais ou menos metade foi apenas na apresentação da cantora, que teve ingressos vendidos para o público a R$ 800.

De acordo com Sá, dos R$ 45 milhões que compõem o orçamento anual do Masp, cerca de 20% são doações diretas de pessoas físicas, como conselheiros, patronos e os participantes do programa Amigo Masp, que pagam uma anuidade em troca de benefícios como entrar no museu sem pegar fila. Entre 20% e 25% vem da receita operacional obtida com a bilheteria, a loja, o café e o restaurante.

A Lei Rouanet contribui com entre 40% e 48% do orçamento, e o restante vem de patrocínios e de uma verba anual da Prefeitura. Segundo Sá, quando a atual gestão assumiu o museu, em 2014, a Rouanet compunha 90% do orçamento do museu e a doação de pessoas físicas era quase zero.

Poucos dias antes do jantar, o museu promoveu um encontro em Nova York com a finalidade de captar recursos de doadores estrangeiros para a manutenção das atividades expositivas e educativas da instituição. As contribuições seguem as normas fiscais dos Estados Unidos, podendo ser, por exemplo, deduzidas do imposto de renda.

A vice-presidente também comentou sobre o “endowment” do museu, um fundo patrimonial comum para o financiamento de museus nos Estados Unidos e que no Brasil custeia o Instituto Moreira Salles, o IMS.

O Masp tem hoje R$ 22 milhões nesta aplicação, um dinheiro que não pode ser mexido por ora. A meta é chegar a R$ 50 milhões para poder usar a verba nas atividades da instituição.

JOÃO PERASSOLO / Folhapress

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