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Mauro Vieira conversa com autoridade de comércio dos EUA horas antes do tarifaço

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou por telefone nesta quarta-feira (2) com o chefe do USTR (Representante de Comércio dos EUA), Jamieson Greer.

A ligação vinha sendo costurada como o último contato de alto nível entre os dois governos antes do tarifaço que Donald Trump deve anunciar na tarde desta quarta. Inicialmente, a conferência estava programada para segunda (31), mas não ocorreu por problemas de agenda.

A conversa entre Vieira e Greer nesta quarta foi sobre as sobretaxas de 25% já em vigor sobre o aço e alumínio. Eles definiram que as equipes técnicas devem se reunir já na próxima semana para prosseguir nas negociações, após as medidas adicionais serem conhecidas.

Vieira e o chefe do USTR tiveram uma primeira videoconferência no início de março, também no esforço do governo Lula (PT) de tentar tirar o Brasil da mira das tarifas disparadas pela administração Trump.

Antes, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, participou de uma chamada telefônica com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

A abordagem do governo Lula sobre as tarifas é centrada em duas frentes. Primeiro, tentar o reestabelecimento de quotas de exportação para o aço e alumínio, sobre o argumento de que o Brasil é exportador de produtos semiacabados para os EUA, usados pela própria metalurgia americana.

Outro ponto levantado é que o Brasil é um grande importador de carvão metalúrgico. Portanto, reduzir as vendas de aço para os EUA tem como consequência a diminuição de compras de carvão dos próprios americanos.

Até a noite de terça (1), a avaliação era a de que o governo Trump estava pouco sensível aos argumentos levantados pelo Brasil e que avanços sobre eventuais quotas poderiam ocorrer apenas no futuro.

A outra frente empreendida pelo governo Lula é tentar convencer a gestão Trump que não há razão para incluir o Brasil no tarifaço desta quarta.

O Planalto chega pessimista ao dia do anúncio. Com poucos sinais de Washington, o Brasil teme que uma possível tarifa linear se some a outras taxas já em vigor, como as aplicadas recentemente sobre o aço e o alumínio, gerando um efeito cumulativo.

RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress

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