STUTTGART, ALEMANHA (UOL/FOLHAPRESS) – O atacante Kylian Mbappé avaliou como “catastrófico” o resultado das eleições para o Parlamento Francês. Nesta quinta-feira (4), em entrevista coletiva antes de França e Portugal, jogo pelas quartas de final da Eurocopa, o camisa 10 da seleção francesa voltou a comentar a política do país e fez um forte apelo aos cidadãos para, domingo, votarem no segundo turno.
“Mais do que nunca temos de votar. É realmente urgente. Não podemos deixar nosso país nas mãos dessas pessoas. É realmente urgente. Vimos os resultados do primeiro turno. É catastrófico. Espero muito que as coisas mudem e que todos se mobilizem para votar e votem no lado certo”, disse o jogador logo na segunda pergunta da entrevista coletiva.
Diferente de muitos esportistas, principalmente no futebol, Mbappé não tem tido nenhum problema em se posicionar sobre a política do país. Ainda na coletiva em Hamburgo, um jornalista brincou com o jogador e disse “aqui, aqui na extrema esquerda”. O atacante sorriu e respondeu “ainda bem que você não está do outro lado”.
Antes do início da Eurocopa, Mbappé já havia falado sobre as eleições na França. O atacante convocou a população, principalmente os mais jovens, para evitar que os “extremistas ganhem o poder”.
“Nós não devemos nos esconder. Pessoas sempre dizem que não se deve misturar futebol e política, mas esta é uma situação muito importante, mais importante do que o jogo desta sexta-feira (5)”, disse Mbappé antes de estrear na competição.
O segundo turno das eleições para o Parlamento Francês está marcado para domingo. No primeiro turno, o partido Reunião Nacional, comandado por Marine Le Pen, recebeu 33% dos votos. A Nova Frente Popular, bloco de partidos de esquerda, ficou com 28% dos votos, enquanto o bloco de centro, do presidente francês Emmanuel Macron, ganhou 20% dos votos.
A partida contra Portugal está marcada para esta sexta-feira, às 16 horas, em Hamburgo. O vencedor do confronto enfrenta o classificado entre Alemanha e Espanha, que jogam no mesmo dia, às 13 horas, em Stuttgart.
THIAGO RABELO / Folhapress