SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça da Flórida, nos EUA, exigiu do McDonald’s o pagamento de R$ 3,8 milhões (US$ 800 mil) por danos infligidos a uma menina que sofreu queimaduras de segundo grau quando um Chicken McNugget quente caiu em sua perna ao sair do drive-thru de um restaurante da rede.
O QUE ACONTECEU
O caso ocorreu em 2019, quando Olivia Caraballo, então com 4 anos, estava com sua mãe, Philana Holmes, em um drive-thru do McDonald’s em Tamarac, perto de Fort Lauderdale, segundo apurou a ABC News.
Elas fizeram o pedido e, após recebê-lo, um Chicken McNugget extremamente quente caiu em sua perna quando estavam deixando o local.
A temperatura extrema do alimento provocou uma queimadura de segundo grau na perna da menina, hoje com 8 anos.
Segundo a mãe, o ferimento teria ainda deixado uma cicatriz da qual a criança se envergonha e deseja remover.
Os advogados do McDonald’s alegaram que o desconforto da criança teria acabado quando a ferida cicatrizou, cerca de três semanas após o incidente. E argumentaram que a mãe tinha o problema com a cicatriz, e não a criança.
Fotos da queimadura e áudios dos gritos da criança foram apresentados no tribunal, durante o julgamento.
A mãe de Olivia testemunhou que a empresa não a alertou que a comida poderia estar anormalmente quente. As partes discordaram da temperatura do McNugget, com a família alegando acima de 200 graus e a defesa afirmando que não passou de 160 graus.
O McDonald’s afirmou que segue as regras de segurança alimentar e que o que acontece com a comida após sair da janela do drive-thru estaria fora de sua responsabilidade.
Os advogados da família buscavam R$ 71 milhões (US$ 15.000.000) em danos, mas o júri concedeu R$ 3,8 milhões (US$ 800.000), após quase duas horas de deliberação.
“Na verdade, estou feliz que eles ouviram a voz de Olivia e o júri foi capaz de decidir um julgamento justo. Estou feliz com isso. Eu honestamente não tinha expectativas, então isso é mais do que justo para mim”, disse Philana Holmes, mãe de Olívia, em coletiva à imprensa após o julgamento.
Redação / Folhapress