SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um veículo McLaren 720S Coupe, ano 2018, utilizado por Giliard dos Santos, filho de Deolane Bezerra, foi apreendido pela operação Integration, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco em diversos estados. Deolane e sua mãe, Solange Alves, foram presas na ação.
O veículo avaliado em R$ 3 milhões estava no 30º DP (Tatuapé) desde o dia 30 de agosto, quando Santos foi abordado na rua Serra de Bragança, no Tatuapé, zona leste da capital paulista.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, Santos foi abordado porque o veículo estava sem placas. Além disso, o filho de Deolane não tem CNH, segundo a polícia.
O carro também apresentava cor diferente daquela que consta no documento. O McLaren tinha cor roxa, mas no documento constava que a cor original era vermelha. Por essa razão, o veículo foi apreendido para perícia. Santos foi liberado.
Agentes da Polícia Civil estiveram na delegacia na manhã desta quarta-feira (4) e apreenderam o veículo na operação em que Deolane é um dos alvos.
A advogada e influenciadora foi presa no Recife, em operação contra uma organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
A casa da família em São Paulo também foi alvo de busca da polícia, que apreendeu itens como relógios e dinheiro, disse Dayanne Bezerra, irmã de Deolane.
O advogado Rogério Nunes, responsável pela defesa de Deolane, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e não sabe o teor da acusação contra ela, já que o processo corre em segredo de Justiça. Ele disse que está a caminho do Recife para se inteirar sobre a situação.
Nas redes sociais, Deolane publicou uma carta em que diz ser vítima de perseguição e injustiça.
“Estou passando aqui para tranquilizá-los e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não pratico e nunca pratiquei ‘crimes'”, diz influenciadora.
A investigação, segundo a Polícia Civil, foi iniciada em abril de 2023, para identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Conforme o inquérito, a quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias.
A polícia conseguiu o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões, retenção de passaporte, suspensão de porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.
Além da capital pernambucana, há mandados cumpridos em Campina Grande, Barueri (SP), Cascavel e Curitiba e Goiânia.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress