SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Salvador Plasencia, um dos médicos indiciados e acusados de fornecer a cetamina que provocou a morte do ator Matthew Perry, eternizado por seu papel na série “Friends”, voltará a atender nesta semana. A informação foi confirmada pelo seu advogado, em fala à CNN.
Segundo a agente Anne Milgram, admnistradora da Agência de Fiscalização de Drogas dos Estados Unidos (DEA), Salvador “explorou” Perry junto do médico Mark Chavez. Ele é descrito por outros agentes como um homem “sem escrúpulos”, e outras três pessoas, incluindo o assistente pessoal do ator, foram indiciadas.
Na semana passada, Plasencia se declarou inocente da acusação de um esquema para fornecer cetamina. Ele foi liberado sob fiança de U$100mil, equivalente a cerca de R$560 mil. Como condição para voltar a atender, o médico foi obrigado a colocar um aviso, que deverá estar exposto em sua clínica. Além disso, os seus pacientes deverão assinar um termo de consentimento em relação ao caso.
O advogado de Plascencia também afirmou que o médico voltará a atender de forma remota e presencial, e que ele está proibido de preescrever substâncias controladas aos seus pacientes.
A cetamina funciona como um anestésico, podendo também ser usada para fins estimulantes, e era ingerida por Perry sob supervisão, em consulta, como forma de tratamento contra a depressão. Após um aumento da dose ter sido negado, o ator voltou ao vício e recorreu a médicos e traficantes que o auxiliaram a se abastecer.
Documentos apresentados no tribunal federal da Califórnia, os promotores alegaram que o assistente de Perry e um conhecido haviam colaborado com dois médicos e um traficante de drogas para adquirir milhares de dólares em cetamina para o artista, que lutava há muito tempo contra o vício em substâncias.
Entre as acusações feitas contra Plasencia, estão: conspiração para distribuir cetamina, distribuição de cetamina resultando em morte, posse com a intenção de distribuir metanfetamina, e alteração e falsificação de registros relacionados a uma investigação federal. Se o médico for condenado, ele poderá enfrentar até dez anos de prisão por cada acusação relacionada à cetamina e até vinte anos por cada acusação de falsificação.
Redação / Folhapress