Médico que família acreditava ser refém do Hamas é achado morto em Israel

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O corpo de um médico de 35 anos, que a família acreditava ter sido levado como refém pelo Hamas, foi encontrado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelas Forças de Defesa de Israel.

Os restos mortais de Dolev Yehud foram localizados na fronteira do Kibutz Nir Oz. O local fica a cerca de 1 quilômetro da Faixa de Gaza e foi atacado pelo grupo extremista Hamas no primeiro dia da guerra, em 7 de outubro do ano passado.

O médico deixou sua casa no dia do atentado para tentar salvar vidas. A informação foi publicada pelo exército israelense.

“Seu corpo foi localizado no Kibutz Nir Oz. Após um processo de identificação realizado por funcionários médicos do Instituto Nacional de Medicina Forense e da base militar de Shura, a IDF conseguiu identificar seu corpo. Que sua memória seja uma bênção”, diz texto publicado pelas Forças de Defesa de Israel.

A esposa de Yehud, Sigal, estava grávida de nove meses em 7 de outubro. O quarto filho do casal nasceu nove dias após o ataque. Em entrevista ao Canal 12, ela lembra que ele saiu de casa para tentar afastar os combatentes do Hamas. “Ele me pediu para manter a calma e tentar trabalhar minha respiração o máximo que eu pudesse”.

A família tinha esperança de que Dolev ainda estivesse vivo. Inicialmente, o exército de Israel acreditava que ele havia sido sequestrado. Mas, à medida que a guerra continuava, não havia nenhuma indicação de Gaza de que ele estivesse lá. Algumas vítimas do atentado do Hamas tiveram os seus corpos queimados ou mutilados, o que dificultou a identificação.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a família do médico foi notificada após o corpo ser identificado. Conforme o jornal local The Times of Israel, a irmã do médico, Arbel Yehud, 28, continua detida em Gaza após ter sido tirada de sua casa no Kibutz Nir Oz junto ao namorado Ariel Cunio.

Mais de 120 reféns continuam nas mãos do Hamas desde 7 de outubro. O exército calcula que o grupo levou 252 reféns. Dados indicam que 37 teriam morrido.

Ataque do grupo extremista contra Israel em causou a morte de 1.189 pessoas. A maioria dos mortos eram civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.

Israel realiza uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou a morte de pelo menos 36.439 pessoas. A maioria dos mortos são civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

Redação / Folhapress

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