GAROPABA, SC (UOL/FOLHAPRESS) – Sebastián Blanco, jogador do San Lorenzo, detonou o tratamento recebido pelos argentinos na eliminação de sua equipe para o Atlético-MG, pela Copa Libertadores, nesta terça-feira (20).
“É o mesmo que acontece sempre no Brasil: distribuem tiros, nos maltratam (…) Eles se fazem de pobrezinhos, sempre. Depois dizem que não somos santos, mas eles também não são”, disse.
O QUE ACONTECEU
O jogo na Arena MRV precisou ser paralisado por cinco minutos já na reta final. Os jogadores sofreram com gás de pimenta usado por policiais para conter torcedores do San Lorenzo. A polícia também utilizou bombas de efeito moral.
O próprio jornal Olé fez duras críticas à atuação da polícia brasileira. “Outra vez quis ser protagonista em uma partida de Libertadores, com uma violenta e injustificada repressão ao setor onde estavam os torcedores do San Lorenzo”.
O meia do San Lorenzo questionou a Conmebol e ainda criticou o tratamento recebido pelos companheiros que não atuaram na partida.
“Os jogadores que não jogaram foram para um camarote sem janelas. As pessoas os maltratavam, rasgavam notas na cara deles. Depois disso, a Conmebol não pune. E aí você vai lá [na Argentina], acontecem duas ou três coisinhas e você leva multa (…) Espero que tomem as devidas medidas sobre o assunto”.
O Atlético-MG venceu o San Lorenzo por 1 a 0 e avançou para as quartas de final da Libertadores. O próximo adversário do Galo será o Fluminense.
RACISMO NA ARGENTINA
No jogo de ida, na Argentina, torcedores do San Lorenzo imitaram macacos em direção aos atleticanos. Em maio deste ano, o clube argentino foi multado por outro caso de racismo, no confronto contra o Palmeiras.
Redação / Folhapress