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Membros da Vai de Bet mudam depoimento para pós-votação de impeachment

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O CEO e o diretor financeiro da Vai de Bet, testemunhas no inquérito que investiga irregularidades no contrato entre Corinthians e a casa de apostas, mudaram seus depoimentos para datas posteriores à votação do impeachment do presidente Augusto Melo.

O dono da Vai de Bet, José André da Rocha Neto, e o diretor financeiro da empresa, André Murilo de Barros Paz Bezerra, solicitaram a mudança de suas oitivas à Polícia Civil. Na última quarta-feira (27), os membros da administração da casa de apostas pediram que seus depoimentos fossem remarcados após a próxima segunda-feira (2 de dezembro) -que aconteceriam entre esta quarta e quinta-feira.

Rocha Neto e Paz Bezerra não justificaram o reagendamento das oitivas no pedido encaminhado à polícia. Vale ressaltar que os dois teriam conversas por videoconferência com os investigadores. Ou seja, não precisariam ir presencialmente à delegacia. A investigação é conduzida por Tiago Correia na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), em São Paulo

A reunião extraordinária do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians também foi remarcada para segunda. Inicialmente, a votação seria nesta quinta-feira (28), mas mudou de data por questões de segurança. O processo administrativo tem relação com as supostas irregularidades encontradas no acordo do clube com a ex-patrocinadora.

A reportagem apurou que a mudança de data causou estranhamento nos investigadores. Segundo a polícia, os depoimentos de ambos são fundamentais para os próximos passos da investigação.

A reportagem procurou os representantes da empresa, que até a publicação desta reportagem não se manifestaram. Caso isso seja feito, o texto será atualizado.

ENTENDA O CASO

Em janeiro, o Corinthians anunciou o maior acordo de publicidade da história do futebol sul-americano com a Vai de Bet: R$ 360 milhões divididos em três anos.

Após o acordo firmado, Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, teria surgido como uma das partes envolvidas na negociação. O caso gerou estranhamento de membros da diretoria, entre eles o ex-diretor de futebol Rubão, que questionaram o papel do empresário.

A empresa Rede Social Media Design Ltda, que figura como intermediária no contrato da Vai de Bet, prestou serviços de “performance, monitoramento e análise de críticas das redes sociais” para o então candidato corintiano.

Em 20 de maio, o colunista Juca Kfouri revelou que a empresa de Cassundé recebeu dois pagamentos de R$ 700 mil do Corinthians em um espaço de três dias, somando R$ 1,4 milhão.

No dia 25 ainda de março, a Rede Social fez um Pix de R$ 580 mil à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Mais R$ 462 mil foram transferidos no dia seguinte para a mesma destinatária.

Em entrevista ao UOL, a sócia da empresa laranja, Edna Oliveira dos Santos, contou que vive de favor em uma comunidade com os três filhos pequenos e depende do Bolsa Família parar alimentá-los.

Neste cenário de suspeitas, a Polícia Civil de São Paulo solicitou a abertura de um inquérito. A repercussão gerou muito desgaste entre Corinthians e Vai de Bet, que rompeu contrato via cláusula anticorrupção.

LIVIA CAMILLO / Folhapress

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