SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A menina de 3 anos baleada dentro do carro da família por um agente da PRF teve uma parada cardiorrespiratória e segue em estado “gravíssimo”.
A menina sofreu uma PCR (Parada Cardiorrespiratória) durante a madrugada desta quinta-feira (14) que foi revertida após seis minutos, segundo boletim médico divulgado na manhã desta quinta.
“A paciente está hemodinamicamente instável e segue entubada no CTI pediátrico”, diz a nota da secretaria de Saúde. A menina está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.
O tiro acertou a coluna e a cabeça da menina, que precisou passar por cirurgia. A criança está internada desde a madrugada de sexta-feira (8).
Ontem, o hospital já havia informado que a criança passou de um quadro “hemodinamicamente estável” para “hemodinamicamente instável”. Isso significa que os parâmetros vitais, como pressão sanguínea e frequência cardíaca, estão instáveis.
O CASO
A criança foi baleada dentro do carro da família em Seropédica, na Baixada Fluminense, no último dia 7. Os familiares disseram que os tiros partiram da polícia, que afastou três agentes. No carro, estavam a menina, os pais, a irmã e uma tia.
O agente da PRF Fabiano Menacho Ferreira disse em depoimento que disparou contra o carro “depois que ouviu o barulho de tiro”, segundo a TV Globo. De acordo com o policial, ele e dois colegas começaram a perseguir o veículo após constatarem que o automóvel era fruto de um roubo, embora o dono do veículo e pai da criança tenha afirmado que não estava ciente disso, segundo a TV.
A PRF afastou três policiais e diz que a Corregedoria apura o caso. Em nota, a corporação afirma que os agentes também passarão por avaliação psicológica e expressa “profundo pesar” pela situação.
O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, disse que os agentes são proibidos de atirar contra automóveis, mesmo em caso de fuga. Segundo ele, qualquer excesso cometido por parte de agentes não tem apoio do presidente Lula (PT), nem do ministro da Justiça, Flávio Dino, e nem dele.
Redação / Folhapress