RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Uma menina de três anos está internada em estado gravíssimo depois de ser baleada quando saia de casa com os pais em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A criança foi atingida por disparos na cabeça, na noite de quinta-feira (17).
Segundo a família da vítima, ela estava sendo levada pelos pais ao médico quando houve um tiroteio entre criminosos, no bairro Bela Vista.
A Polícia Militar afirmou que não fazia operação na localidade quando a menina foi ferida. De acordo com a corporação, agentes do 39º BPM (Belford Roxo) estiveram na unidade hospitalar e confirmaram a ocorrência.
Segundo a PM, levantamentos do batalhão apontam que grupos de criminosos rivais vêm se enfrentando na região, e o policiamento foi reforçado.
O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo). A Polícia Civil informou que agentes realizam diligências para apurar a origem do disparo que atingiu a criança e esclarecer os fatos.
A família da menina relatou que a criança estava resfriada e os pais decidiram levá-la até uma Unidade de Pronta Atendimento, na comunidade Nova Aurora.
Ao saírem, os pais ouviram disparos de arma de fogo na rua, e, em seguida, perceberam que a filha havia sido atingida na cabeça.
A menina foi levada inicialmente para o Hospital Fluminense, conhecido como Hospital Infantil de Areia Branca, mas foi transferida para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, também na Baixada.
De acordo com a prefeitura de Caxias, a criança deu entrada na unidade em estado gravíssimo durante a madrugada e foi entubada.
Ela passou por uma cirurgia, que durou cerca de quatro horas, para reduzir a pressão intracraniana causada por um projétil que está alojado na cabeça e segue internada no CTI pediátrico, segundo o boletim de saúde da tarde deste sábado (19).
Com esse caso, o Instituto Fogo Cruzado mapeou 17 crianças baleadas no Grande Rio neste ano. Desse total, 11 foram atingidas por bala perdida, que, segundo o levantamento, é o principal motivo da violência armada contra crianças na região metropolitana do Rio de Janeiro.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress