SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Relatório do Banco Central (BC) desta segunda (10) prevê que a Selic, taxa básica de juros, e IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechem este ano em alta.
A Selic é prevista para encerrar o ano em seu patamar atual de 10,50%, aumento na projeção de 0,25 p.p. (pontos percentuais), após duas semanas sem alterações.
A aposta é que não haja novos cortes na taxa de juros a partir da reunião de julho do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), que acontece nesta terça (18) e quarta (19).
Já a inflação é prevista em 3,96%, aumento de 0,06 p.p. desde a última semana. Esta é a sexta alta consecutiva na inflação.
O boletim Focus, publicado semanalmente, é feito pelo BC, baseado em economistas ouvidos pela autarquia.
Para 2025, a projeção da Selic é de 9,50% ante 9,25%, aumento de 0,25 p.p (pontos percentuais). O IPCA para o próximo ano também foi revisado para 3,80%, aumento de 0,02 p.p.
Para 2026 e 2027 são mantidas as expectativas tanto da Selic (9% em ambos os anos), quanto da inflação (3,6% e 3,5% respectivamente).
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou menos.
O PIB (Produto Interno Bruto) foi revisado, com expectativa de crescimento neste ano de 2,08%, com 0,01 p.p. de aumento. Para os próximos três anos, economistas mantêm a aposta de 2,00%.
Já o câmbio sofre alteração, com o dólar encerrando o ano em R$ 5,13, aumento de R$ 0,08. Para 2025, é previsto que a divisa estadunidense feche o ano em R$ 5,10, aumento de R$ 0,01.
PATRICK FUENTES / Folhapress