Mergulhadores removem 20 litros de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mergulhadores removeram 20 litros de agrotóxicos derramados nas águas do rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Tocantins e Maranhão, no dia 22 de dezembro.

Ibama calcula que cerca de 20 mil litros de agrotóxicos caíram no rio. Mergulhadores profissionais foram contratados para a operação de remoção do material. A equipe da emergência ambiental do Ibama acompanha o trabalho de retirada dos químicos.

O tempo para a carga ser totalmente retirada do rio depende, principalmente, da situação climática, segundo o Ibama. O trabalho dos mergulhadores começou na terça-feira (7).

Análises mostraram que a qualidade da água do rio está dentro da normalidade. Avaliações estão sendo realizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, em conjunto com a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local, de acordo com informações do Ibama.

Além de agrotóxicos, caminhões carregando ácido sulfúrico também caíram no rio. Na ocasião, três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões que trafegavam na ponte caíram, com 18 pessoas, ao todo. Dentre os caminhões, dois transportavam ácido sulfúrico.

O Ibama esclareceu que acionou as três empresas transportadoras. Elas seriam as responsáveis pelos veículos com as cargas perigosas que trafegavam na ponte. Empresas terão que auxiliar as instituições públicas envolvidas no atendimento ao desastre com a elaboração de Planos de Atendimento à Emergência para atuação e resposta quanto aos caminhões que estão no fundo do rio.

A execução da retirada dos caminhões com produtos químicos terá início após o resgate dos desaparecidos, segundo o governo federal. A coordenação dessas buscas está a cargo da Marinha do Brasil e das Defesas Civis do Maranhão e do Tocantins.

BUSCAS POR 3 DESAPARECIDOS CONTINUAM

A operação de busca é realizada com embarcações, drones subaquáticos e aéreos. Uma equipe de 64 mergulhadores especializados atuam nas buscas pelos desaparecidos.

Três pessoas ainda estão desaparecidas após desabamento da ponte. Marinha localizou 14 vítimas, de um total de 17 pessoas desaparecidas. A ponte que ligava as cidades Aguiarnopólis (TO) e Estreito (MA) cedeu na manhã do dia 22 de dezembro. A operação é complexa devido à profundidade do rio, que chega a 48 metros no local do acidente

Marinha chegou a anunciar que encerraria as buscas nesta quarta-feira (8). Em comunicado, o órgão justificou que medida seria necessária por causa da abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, em razão do aumento do nível do reservatório e do regime de chuvas na região.

“Dessa forma, caso as buscas realizadas até o final do dia 7 não apresentem novos indícios que possibilitem a localização dos últimos desaparecidos, a operação atingirá seu limite técnico-operacional. Em tal cenário, as operações serão suspensas, com a possibilidade de serem retomadas tempestivamente, caso surjam novas informações concretas que contribuam para a localização das vítimas”, segundo anúncio da Marinha.

Apesar disso, ministro dos Transportes garantiu que buscas devem continuar. Em uma publicação no X nesta quarta-feira, Renan Filho escreveu que conversou com o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, para que buscas continuem até que os corpos dos três desaparecidos sejam encontrados.

“Ele me garantiu a continuidade das buscas no leito do Rio Tocantins pelas três vítimas do desabamento da ponte na BR-226/MA/TO. Aceleramos a contratação da empresa, vamos iniciar e entregar a nova ponte ainda este ano, mas nossa meta agora é o resgate de todos os corpos. A nossa prioridade é a atenção e o cuidado com as pessoas neste momento difícil”, disse Renan Filho, ministro dos Transportes.

Redação / Folhapress

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