SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou suas alegações finais na ação penal movida contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, e pede que ele seja levado a júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Ele também responde por tentativa de homicídio contra Fernanda Gonçalves Chaves, assessora de Marielle que estava no carro atingido pelos tiros que mataram a vereadora e o motorista; e pela receptação do veículo Chevrolet Cobalt usado no crime.
Suel foi preso no ano passado acusado de ter participado das campanas que monitoravam a parlamentar. Ele foi citado na delação do ex-PM Élcio de Queiroz, que também está preso por ter participado do assassinato.
O ex-bombeiro nega as acusações e desmente informações que fazem parte da delação do ex-PM.
As alegações finais foram apresentadas pela Força-Tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado) para o caso Marielle e Anderson.
Os dois foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, zona central do Rio de Janeiro. Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos no ano seguinte. O primeiro é apontado como o atirador que matou a vereadora e o motorista e o segundo como o homem que dirigia o carro usado no crime.
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu também a manutenção da prisão preventiva do ex-bombeiro em presídio federal de segurança máxima.
Segundo a denúncia, Suel monitorava a rotina de Marielle e teria ajudado Lessa e Queiroz no desmanche do carro usado no crime e no sumiço das cápsulas de munição.
Ele foi preso no dia 24 de julho do ano passado na Operação Élpis. Havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça a pedido do Ministério Público do Rio.
Segundo o Ministério Público, o ex-bombeiro ajudou os executores do assassinato ao obter uma nova placa para o carro e colaborar para a troca, destruição e desaparecimento da placa anterior, além de cápsulas de projéteis.
Suel também é acusado de ter feito contato com o responsável pelo desaparecimento do Chevrolet Cobalt.
Redação / Folhapress