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Ministro de Lula diz já haver ideia de onde Zambelli está na Itália e que ‘em breve’ ela será extraditada

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira (13) que já há uma ideia de onde a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está na Itália e que ela será extraditada “em breve”. A congressista fugiu para o país europeu após ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Lewandowski citou, em um evento sobre segurança pública em São Paulo, precedentes de cooperação entre os dois países, como a entrega de Cesare Battisti aos italianos, autorizada em 2018. Reiterou, ainda, que a Constituição italiana não impede a extradição de cidadãos do país.

“Já existe alguma ideia de onde ela esteja e imaginamos que ela em breve será extraditada. Existem precedentes fortes de cooperação entre esses dois países, entre o Brasil e a Itália. Nós temos um tratado de cooperação. A dupla nacionalidade, tendo em conta aquilo que se conta em conta consignada no tratado, não impede a extradição”, afirmou o ministro.

A afirmação do titular da Justiça é oposta ao que afirmou o governo italiano nesta sexta no Parlamento do país. Segundo a subsecretária do Interior, Wanda Ferro, Zambelli ainda não foi localizada pela investigação policial até agora.

“As investigações policiais até agora realizadas, e em andamento, não consentiram até o momento de confirmar sua localização”, disse, que afirmou que forças de segurança estão em contato com autoridades brasileiras.

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por ter invadido os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) junto com o hacker Walter Delgatti Netto. Ela saiu do Brasil para não ser presa após o trânsito em julgado da ação e desembarcou no aeroporto Fiumicino, em Roma, no dia 5, em voo dos Estados Unidos.

Ela passou pelo controle de passaporte com o documento italiano, por possuir a dupla cidadania. Desde então, sua localização é desconhecida.

Segundo Wanda Ferro, a deputada federal brasileira desembarcou por volta das 11h40 no horário local e seu nome não constava dos bancos de dados de forças policiais italianas e internacionais.

Isso porque o pedido de prisão para fins de extradição, difundindo pela Interpol a pedido do Brasil, teria sido publicado às 16h24, cerca de cinco horas após a entrada dela no país.

Nesta terça-feira (10), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) decidiu mandar para o plenário a análise da perda de mandato de Zambelli. Antes, ele havia dito que não havia o que fazer a respeito do caso.

LUCAS LACERDA / Folhapress

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