RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Morreu no fim da noite deste domingo (16) o policial do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) Rafael Wolfgramm Dias que foi baleado durante operação no complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, na terça (11).
Ele foi ferido ao lado do também sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, que morreu no mesmo dia. Ambos foram levados para o Hospital Federal de Bonsucesso. A morte do agente que estava internado ocorreu às 23h50 e foi confirmada pelo Ministério da Saúde, gestor da unidade.
Em 2024, segundo a Polícia Militar, 15 PMs foram mortos “em situações violentas”.
Em nota, a Polícia Militar lamenta a morte do agente. “Na ação planejada para localizar e prender criminosos envolvidos em roubos de veículos nas vias expressas na região do Complexo da Maré, policiais do Bope realizavam patrulhamento em busca do esconderijo das lideranças do grupo criminoso, quando foram atacados por homens armados que efetuaram diversos disparos contra a guarnição.”
Na ocasião, quatro suspeitos de ligação com o tráfico foram mortos. Outros 24 homens foram presos sob suspeita de ligação com o tráfico, ainda segundo a polícia pelo menos oito são de outros estados.
A Polícia Civil afirma que identificou dois suspeitos de participar da troca de tiros com os agentes da PM. Ronald de Souza Gomes, conhecido como Titio do Adeus, e Luciano Cândido Crispim, conhecido como Pitbull, são procurados. A Folha não conseguiu localizar a defesa deles.
Segundo nota da Polícia Civil, “ambos são seguranças de duas das lideranças da facção criminosa que atua na localidade, Thiago da Silva Folly (vulgo TH) e Michel de Souza Malveira (vulgo Bill, Búfalo Bill ou César), respectivamente”.
Na terça, após a troca de tiros, criminosos ordenaram o fechamento das linhas Vermelha e Amarela e da avenida Brasil, principais ligações entre as zonas norte e oeste e a região central. Segundo a PM, criminosos atearam fogo em um ônibus na avenida Brasil, na altura da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
BRUNA FANTTI / Folhapress