SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu, neste domingo (7), Antonio Polo Galante, mais conhecido como A.P. Galante, um dos maiores produtores cinematográficos brasileiros, aos 89 anos. A informação foi confirmada pela sua família, que não informou as causas da morte.
Em 1967, Galante alcançou o seu primeiro sucesso de bilheterias, com “Vidas Nuas”, drama erótico dirigido por Ody Fraga.
Nos anos 1970, Galante se tornou uma figura central para o cinema paulista, atuando ao lado de grandes diretores da Boca do Lixo, como Walter Hugo Khouri e incentivando os trabalhos de Rogério Sganzerla com este, já havia trabalhado em “A Mulher de Todos”, em 1969 e Carlos Reichenbach.
Com a Galante Produções Cinematográficas, sua própria empresa, ele intensificou seu trabalho, sobretudo na produção de pornochanchadas. Em 1977, ele atingiu o recorde de produtividade, com sete filmes do gênero. Seu último filme foi “Cinderela Baiana”, de 1998, dirigido por Conrado Sanchez. Ao todo, Galante colaborou com 65 títulos do cinema brasileiro.
Nascido em Tanabi, no interior paulista, Galante teve uma infância difícil, tendo frequentado entidades assistenciais. Quando se mudou para São Paulo, em 1954, conseguiu um trabalho como faxineiro dos estúdios Maristela, entrando em contato, para sempre, com a produção cinematográfica. Até se tornar produtor ele assumiu diversas funções: ajudante geral, contrarregra e eletricista, por exemplo.
O Bar Soberano, agora reaberto na rua do Triunfo, no centro de São Paulo, está negociando com o acervo do produtor diretamente com sua família. A ideia é fazer um trabalho de revitalização para projetos futuros.
Redação / Folhapress