SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quinta-feira (2) o músico e escritor Jerônimo Jardim, aos 78 anos. O compositor gaúcho estava internado em um hospital de Porto Alegre desde o início de julho por problemas respiratórios.
Considerado um dos grandes nomes da música popular do sul do Brasil, Jardim teve obras gravadas por diversos intérpretes. “Moda de Sangue”, por exemplo, de autoria junto a Ivaldo Roque, se popularizou na voz de Elis Regina e esteve na trilha sonora das novelas “Coração Alado” (1980) e “Torre de Babel” (1998), ambas da Rede Globo.
O músico nasceu em 19 de novembro de 1944 em Jaguarão e foi criado em Bagé, ambas cidades do Rio Grande do Sul. Mudou-se para Porto Alegre no início da década de 1970, quando iniciou sua carreira artística e integrou o grupo musical gaúcho Pentagrama. Em 1979 lançou seu primeiro disco solo, no qual gravou a canção posteriormente gravada por Elis Regina.
Ao longo da carreira, Jardim ganhou alguns festivais como o MPB Shell, em 1981, em que teve sua canção “Purpurina” interpretada por Lucinha Lins. Ao levar o troféu da 15ª Califórnia da Canção Nativa, em 1984, pela música “Astro haragano”, foi vaiado pelo público, afastando-se do palco por 11 anos.
Em 1986 retornou a Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, para mais uma edição da Califórnia Canção Nativa, apresentando a mesma canção que lhe rendeu vaias uma década antes. Na ocasião, porém, foi aplaudido de pé por uma plateia de 4.000 pessoas.
Com sete discos gravados ao longo da carreira, Jardim também se dedicou ao direito e à publicidade. Aventurou-se ainda na carreira de escritor, tendo publicado cinco livros infanto-juvenis.
Redação / Folhapress