Morre segundo policial baleado por atirador em Novo Hamburgo (RS)

PORTO ALEGRE, RS E NOVO HAMBURGO, RS (FOLHAPRESS) – Morreu no começo da tarde desta quinta-feira (24) o policial militar Rodrigo Weber Volz, 31, uma das vítimas do atirador Edson Fernando Crippa, 45, que abriu fogo contra policiais em Novo Hamburgo (RS) entre a noite de terça (22) e a manhã de quarta-feira (23).

A morte foi confirmada pela FSNH (Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo). O número de mortos na tragédia chega a cinco, com oito pessoas feridas.

Volz será velado e sepultado nesta sexta-feira (25), em Canoas. O policial estava internado no hospital municipal de Novo Hamburgo desde quarta-feira.

“Mais um herói que perdemos nessa tragédia brutal. Um homem que honrou ao limite seu juramento de proteger a sociedade, mesmo com o risco da própria vida”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB).

Edson também matou o pai, Eugênio Crippa, 74, o irmão Everton Crippa, 49, e o soldado da Brigada Militar Everton Kirsch Júnior, 31, antes de ser morto pelas forças de segurança no começo da manhã de quarta-feira.

O corpo de Kirsch foi enterrado na manhã desta quinta-feira em Novo Hamburgo. O policial deixou a esposa, um filho com menos de 50 dias de vida e os pais.

O governador esteve no velório e prestou condolências à família. Uma bandeira do Rio Grande do Sul foi colocada sobre o caixão, e o cortejo foi acompanhado pelo som de sirenes de viaturas policiais, ligadas em homenagem à morte em serviço. O corpo do soldado foi sepultado às 11h, sob continência de dezenas de colegas policiais.

Outro soldado, João Paulo Farias, 26, segue em estado grave na UTI, mas está reagindo ao tratamento.

A mãe e a cunhada do atirador continuam internadas em estado estável. A sargento da Brigada Militar Joseane Muller, baleada no ombro, e o guarda municipal Volmir de Souza também seguem hospitalizados.

Os policiais Eduardo de Brida Geiger, Leonardo Valadão Alves e Felipe Costa Santos Rocha foram atendidos, mas já tiveram alta.

O ATAQUE

Edson Fernando Crippa era motorista de caminhão. Conforme apuração da Polícia Civil, ele tinha esquizofrenia e foi internado ao menos quatro vezes em instituições psiquiátricas.

Mesmo assim o atirador tinha registro como CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador) e quatro armas em seu nome: uma pistola 9 mm, uma pistola .380, uma espingarda de calibre 12 e um fuzil.

O caso teve início ainda na noite de terça-feira (22), por volta das 22h, em uma casa na rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Segundo o relato da polícia, o homem estaria mantendo seus pais em cárcere privado, e o próprio pai teria feito a denúncia de maus-tratos.

Ao ver a chegada das equipes, Edson teria começado a atirar tanto contra os militares quanto contra a própria família.

De acordo com a polícia, houve a tentativa de negociação e conversa com o atirador, que respondia somente com disparos.

Na quarta, o chefe da Polícia Civil do RS, delegado Fernando Sodré, disse que Edson Crippa não apresentava antecedentes criminais. Em sua ficha, havia um boletim de ocorrência contra ele por ameaça, que Sodré disse ter ocorrido tempos antes e não teria relação direta com o incidente.

“Estamos colhendo depoimentos, mas tudo indica um comportamento agressivo com os pais e problemas familiares”, disse Sodré.

CARLOS VILELLA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS