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Morte do papa Francisco muda roteiro da festa de São Jorge no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A alvorada para São Jorge, uma das festas mais tradicionais do Rio de Janeiro, terá nesta quarta-feira (23) homenagens ao papa Francisco, que morreu na última segunda (21).

Na principal festa para o santo, na igreja matriz de São Jorge em Quintino Bocaiúva, zona norte da cidade, a organização planeja reproduzir em alto-falantes trechos dos discursos do papa durante a passagem pelo Rio, na Jornada Mundial da Juventude de 2013.

Padre Dirceu, pároco da igreja de Quintino, decidiu suspender a atração que previa 600 drones para formar no céu desenhos de São Jorge e o dragão.

“Com essa trágica notícia que recebemos, muitos nos perguntaram se a festa ia continuar. Vai ter a festa. Mas teríamos essa surpresa [os drones] que impactaria Quintino, seria bem marcante para os devotos. Vamos adaptar a celebração para a atual circunstância”, afirma padre Dirceu.

A igreja matriz tem 15 missas na programação. A primeira será às 5h, horário da alvorada. A partir das 7h, as missas serão de hora em hora, até 20h30. A procissão está prevista para as 16h.

Os devotos costumam chegar ainda na noite do dia 22 para as celebrações.

“Acho que vamos receber mais gente do que o costume por conta da comoção. Nosso papa foi muito querido e marcou muito o povo carioca quando esteve no Rio”, diz padre Dirceu.

A igreja de São Jorge no centro do Rio manteve a programação com missas e momentos de oração.

“Mais do que nunca, unimo-nos como irmãos na fé para rezar pelo Santo Padre, que traz no nome de batismo o mesmo nome do nosso santo guerreiro Jorge”, escreveu a igreja em comunicado nas redes sociais.

Patrono informal do Rio de Janeiro, cujo padroeiro é São Sebastião, São Jorge é celebrado em igrejas, terreiros e festas de rua. A saga do santo, chamado de guerreiro, é retratada por lendas medievais: a principal conta que Jorge, o soldado, enfrentou um dragão para salvar uma princesa que seria sacrificada pela criatura.

São Jorge é patrono da Polícia Militar e está presente em desenhos nos muros da cidade, principalmente em favelas. O santo batiza uma comunidade em Queimados, na Baixada Fluminense, e ao menos sete ruas, travessas e praças da capital, segundo bases de logradouros da prefeitura.

Festas e procissões em pelo menos 11 bairros estão programadas, quase todos no subúrbio: Quintino, Ramos, Bonsucesso, Penha, Anchieta, Cachambi e Engenho de Dentro, na zona norte; Realengo, Santa Cruz e Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste; e no centro, na altura da praça da República, onde também haverá alvorada.

Festas também estão programadas em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Quadras de escolas de samba, como Acadêmicos do Grande Rio, Estácio de Sá e União da Ilha, vão abrir as portas com café da manhã, missa e feijoada. Terreiros de umbanda espalhados pelo estado também estarão abertos para celebrar Ogum.

A lei que decretou o dia 23 de abril feriado estadual foi sancionada pelo ex-governador Sérgio Cabral em 2008. A data era considerada feriado municipal desde 2002. As duas propostas foram do ex-deputado e ex-vereador Jorge Babu.

Em 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou constitucional a lei que institui o feriado de São Jorge, após ação ajuizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que sustentava que o estado não tem competência para legislar sobre direito do trabalho.

YURI EIRAS / Folhapress

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