SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Era a terceira viagem do dia do motorista de aplicativo Emilson Cipriano quando ele recebeu um pedido de uma mulher em trabalho de parto. “Moço, por favor, não cancela”, escreveu ela no chat do aplicativo, já que outros dois motoristas haviam desistido de fazer a rota.
O destino da passageira Luzimary dos Reis era o Hospital Geral de Nova Iguaçu. O bebê que esperava estava para nascer, e Emilson precisou correr.
Só que durante o caminho, ela começou a dizer que o bebê estava nascendo, já que a bolsa havia rompido, e o motorista parou o carro a 58ª DP (Posse) e pediu a ajuda dos policiais. Ele conseguiu luvas antes de seguir rumo ao hospital. Batedores abriram o trânsito à sua frente.
“Ela falando: ‘Vai nascer! Vai nascer!’ E eu perguntei as contrações. Estava em menos de 5 minutos. Ia nascer e eu fiquei com medo de acontecer alguma coisa com a mãe e a bebê”, disse Emilson ao RJTV (Globo).
Por sorte, ele tem formação como técnico de enfermagem, apesar de não atuar na função. Quando chegou na porta do Hospital Geral de Nova Iguaçu, precisou colocar as luvas e ajudar a fazer o parto dentro do próprio carro.
“Quando olhei para trás, o bebê estava nascendo, só deu tempo de puxar o freio de mão, calçar a luva, correr para trás, fazer o parto e o Vitor [policial civil que o ajudou] correu para chamar as enfermeiras”, explicou o motorista.
Mãe e bebê passam bem e foram transferidas para a Maternidade Mariana Bulhões.
LEONARDO VOLPATO / Folhapress