Motorista é preso com ‘carro do golpe’ na zona leste de São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem de 21 anos foi preso em flagrante na noite desta terça-feira (23), em São Paulo, sob suspeita de operar uma central clandestina para aplica golpes de dentro de um carro.

Ele foi preso pela Polícia Militar enquanto dirigia um Jeep Renegade com as luzes apagadas, na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, no Parque São Lucas, zona leste da capital. No veículo havia computador, baterias e um aparelho transmissor de sinais no porta-malas.

Segundo o soldado Guilherme Borges, do 21º Batalhão de Polícia Militar, a central clandestina bloqueava o sinal de celular nas proximidades de onde o veículo estava, deixando os aparelhos sem funcionar. Em seguida, o equipamento disparava mensagem de texto para os números afetados.

A mensagem indicava que havia pontos de um suposto cartão de crédito que poderiam ser trocados por benefícios e levava a uma página similar a de um banco e pedia dados pessoais.

“Caso a pessoa entrasse no link, ela passaria a ter seu celular e contas bancárias saqueados pelos delinquentes”, explicou o PM.

Em outra etapa do golpe, segundo o policial, os estelionatários chegavam a entrar em contato com os donos dos celulares solicitando mais informações pessoais, incluindo senhas.

O suspeito preso confessou, segundo a polícia, que recebia R$ 1.000 por semana para circular com o veículo entre de oito a doze horas por dia. Ele aplicava o golpe havia duas semanas e costumava circular por bairros de alto padrão, como Itaim Bibi e região da Paulista. Ele não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Os valores desviados das vítimas eram depositados na conta da namorada do suspeito, que é adolescente.

Ele não apresentou defesa e deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (24).

O caso foi registrado como associação criminosa, invasão de dispositivo informático, dirigir sem permissão ou habilitação, desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações e corrupção de menores no 42° DP (Parque São Lucas).

A Polícia Civil agora tenta identificar quem seriam os demais integrantes da quadrilha.

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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