A internet esteve curiosa em saber o que é mpox, a pergunta que mais cresceu na categoria “o que é?” no Google Brasil durante o ano de 2024, seguida por politraumatismo, escala 6×1 e calabreso.
Os dados são do levantamento anual feito pelo Google que mostra os principais termos e assuntos que dispararam neste ano em comparação com o ano anterior.
Veja as perguntas que cresceram na categoria “o que é?”
O que é MPOX?
Doença viral causada pelo mpox vírus (MPXV), o nome foi adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para substituir o termo “varíola dos macacos”. A enfermidade é caracterizada por lesões cutâneas, como pústulas, além de febre alta e dores musculares. Até 31 de outubro, casos foram registrados em 80 países, sendo 19 deles na África.
O que é politraumatismo?
Caracterizado por lesões graves em pelo menos duas partes do corpo. O termo esteve em alta neste ano porque foi a causa da morte das vítimas da queda de um avião em Vinhedo. O avião caiu de uma altura de quase 5.000 metros e matou os 62 passageiros a bordo.
O que é escala 6×1?
Uma jornada de 44 horas de trabalho semanais, distribuídas em seis dias. O movimento ganhou espaço após a vitória do vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ) no Rio de Janeiro, eleito com uma campanha que fala em “vida além do trabalho”, e envolve também o aspecto do direito ao lazer e descanso.
O que é calabreso?
A palavra virou meme após ser usada em uma discussão no BBB 24 pelo vencedor da edição, o baiano Davi. Ele disse “calma, calabreso” para se referir ao MC Bin Laden.
A expressão é um bordão do ator Toninho Tornado, que troca palavras no feminino pelo masculino para confundir em suas pegadinhas.
O que é cetamina?
É um fármaco anestésico dissociativo, com potencial de sedação e propriedades psicodélicas que podem causar relaxamento e sensação de bem-estar.
A substância esteve no centro da investigação que resultou na prisão de familiares de Djidja Cardoso, empresária que atuou entre 2016 e 2020 como a personagem Sinhazinha do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins e foi encontrada morta.
O que é casca de bala?
O termo ganhou popularidade com o hit “Casca de Bala”, de Thullio Milionário, que foi, inclusive, a música mais usada por brasileiros em vídeos no TikTok em 2024. A canção inspirou danças criativas e reuniu casais, amigos, pais e filhos, cachorros e donos, ou qualquer pessoa que quis dançar com seu companheiro de todas as horas.
O que é H1N1?
O vírus, conhecido por provocar a gripe suína, é uma sublinhagem do influenza A e responsável por grande parte das internações por quadros de SRAG (síndrome respiratória aguda grave).
Em julho, o apresentador Silvio Santos (1930-2024) foi internado com o diagnóstico de H1N1, pouco antes de seu falecimento.
O que é suplente de vereador?
São os candidatos com mais votos, porém não eleitos, dos partidos que conquistaram uma ou mais cadeiras na Câmara. Esses suplentes têm o papel de substituir os vereadores eleitos caso eles deixem de exercer o cargo. O termo ficou em alta devido às eleições de 2024.
O que é agamia?
Uma forma de relacionamento que implica a falta de interesse em se casar, formar relacionamentos românticos ou até mesmo em ter filhos. O conceito ganhou destaque em discussões sobre novas formas de viver a individualidade e a afetividade.
O que é racismo estrutural?
O interesse pelo assunto bateu o recorde de buscas no Google dos últimos cinco anos em março depois da entrevista que Wanessa Camargo, 45, concedeu ao Fantástico.
“Você nunca tinha ouvido falar de racismo estrutural?”, perguntou Renata Ceribelli a cantora, que se atropela entre argumentos de que não teve a “intenção de cometer racismo” ao dar um tapa no pé de Davi, no BBB.
Logo depois, a apresentadora Maju Coutinho fez um discurso sobre o assunto que repercutiu nas redes sociais. “A gente só pode combater e acabar com aquilo que a gente reconhece existir”, comentou. “Então é uma ótima oportunidade de trazer para o debate público o que é o racismo estrutural e principalmente como ele se apresenta em nossas vidas, como atitudes individuais contribuem para que ele exista, e para a gente ler com profundidade a respeito para não usar o conceito de forma equivocada e continuar reproduzindo violências.”
VITORIA PEREIRA / Folhapress