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MPSP investiga contaminação de lago com corante azul em parque de SP

BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) – O MPSP (Ministério Público de São Paulo) instaurou ontem um inquérito para apurar a contaminação com corante de um lago do Parque Botânico Tulipas Professor Aziz Ab’Saber, em Jundiaí (SP).

Promotoria solicitou à Polícia Militar informações do boletim de ocorrência do caso. Inicialmente, um caminhão que transportava o corante tombou, derramou a carga, que escoou para o lago no parque, conhecido como Córrego das Tulipas. Segundo o órgão, o caso tem provocado prejuízos aos recursos hídricos e à fauna do local.

Órgão também pediu dados ao município e à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Entre eles, um relatório de vistoria no local e informações sobre a vulnerabilidade do Córrego das Tulipas, que já foi impactado por ocorrências outras vezes.

Ainda foi pedido informações sobre os responsáveis pelo derramamento do corante e as características químicas do produto que atingiu o lago. As respostas devem ser encaminhadas ao órgão em até cinco dias.

Animais ficaram tingidos de azul após o veículo tombar, e precisaram ser resgatados por equipes ambientais. Foram derramados dois mil litros de tinta no local, de acordo com o GRAD (Grupo de Resposta a Animais em Desastres).

Veículo derramou corante à base de água, usado em fazendas de peixes e camarões para o tratamento de fungos e parasitas. O produto não é inflamável, tóxico ou reagente, segundo a Cetesb. A companhia atua no monitoramento da área. A ocorrência mobilizou outros órgãos ambientais e entidades civis da região.

“Mortandade de peixes é algo que preocupa”. A Cetesb e órgãos civis coletaram peixes mortos e discutirão medidas a serem tomadas, disse Vania Plaza Nunes, médica veterinária e vice-presidente do GRAD. A quantidade de gansos e patos afetados é pequena, acrescentou.

Animais estão recebendo atendimento veterinário. O acidente comprometeu a integridade dos bichos que vivem ou frequentam a área, segundo a Associação Mata Ciliar, que atua na proteção da fauna na região. A ONG relatou que o impacto visual foi imediato, e que o corante mudou significativamente a coloração do lago.

Técnicos avaliam dimensão do estrago. Equipes fazem o monitoramento contínuo da qualidade da água e foram enviadas para trechos da calha principal do rio Jundiaí, nos municípios de Itupeva e Indaiatuba, para verificar se o produto avançou para essas regiões e se há necessidade de novas coletas. A Cetesb orientou, como medida inicial, a diluição do corante com água.

Redação / Folhapress

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