RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Mudanças no Congresso tiram pouco mais de R$ 1 bi do impacto do pacote, diz Haddad

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta sexta-feira (20) que as mudanças feitas pelo Congresso Nacional no pacote de contenção de gastos tiram pouco mais de R$ 1 bilhão do impacto total das propostas ao longo dos dois primeiros anos.

O cálculo original da equipe econômica indicava uma economia de R$ 71,9 bilhões entre 2025 e 2026.

Segundo o ministro, o Congresso aprovou as propostas “dentro das suas possibilidades”. Ele negou que tenha havido perda na redução previsa de gastos. “Os ajustes de redação não afetam o resultado final. Mantêm a mesma ordem de grandeza de economia”, afirmou durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Ministério da Fazenda.

Durante a tramitação, os parlamentares blindaram emendas obrigatórias contra bloqueios, afrouxaram o comando para combater supersalários, derrubaram boa parte das mudanças no BPC (Benefícios de Prestação Continuada) e excluíram a medida que permitiria à União reduzir os repasses futuros ao FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal).

Além das concessões, o governo precisou acionar uma tropa de ministros para atuar junto às bancadas e acenar com a liberação de emendas extras para destravar a votação.

O Congresso já concluiu a aprovação do PLP (projeto de lei complementar) e da PEC (proposta de emenda à Constituição). Falta o aval do Senado ao projeto de lei que limita o ganho real do salário mínimo e faz alterações (mais brandas) no BPC. A votação está prevista para esta sexta.

Haddad disse que o governo enviou ao Legislativo as mudanças que considerava viáveis do ponto de vista político e rebateu as críticas sobre a potência do pacote. “Não é tão simples cortar as despesas”, afirmou.

Ele reconheceu que, em muitos casos, as mudanças envolvem “pontos sensíveis”.

“Chegamos a esse conjunto de medidas”, disse. “Mandar um pacote robusto no ano que vem daria mais incerteza. Foi melhor mandar agora do que esperar até março.” Haddad disse que era a imprensa que tinha uma expectativa de hidratação (endurecimento das medidas) do pacote e não o governo.

Segundo o ministro, uma das mudanças que acabou tendo impacto, de fato, foi a derrubada do trecho que alterava a correção dos repasses para o FCDF. O governo calculava economizar R$ 2,3 bilhões em dois anos só com essa medida, rejeitada pelos parlamentares.

Mesmo assim, ele disse que o resultado final avalizado pelo Congresso vai na direção das “pretensões da equipe econômica”.

Haddad afirmou ainda que a prioridade do governo era votar as medidas do pacote e disse não saber se há margem de manobra para concluir a votação do Orçamento de 2025 ainda neste ano, como prevê o rito habitual.

“Não saberia dizer se eles têm condição [de aprovar Orçamento ainda este ano]. Torço para que sim, mas a prioridade é votar as medidas”, afirmou.

Na noite desta sexta, o relator do projeto de lei do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), afirmou que a proposta só será votada em 2025. Sem a lei do Orçamento sancionada, o governo consegue pagar despesas de custeio de maneira provisória.

Haddad informou que vai ligar ainda para os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para agradecer pelas votações.

Haddad reforçou que medidas de corte de despesas têm que ser um processo permanente e normalizado dentro do governo.

ADRIANA FERNANDES / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS