Mulher suspeita de stalkear médico fez 500 ligações em um dia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um médico de Ituiutaba, no interior de Minas Gerais, acusa uma ex-paciente de praticar stalking (perseguição em inglês) contra ele e a família desde 2019.

Sem revelar a identidade, ele falou ao Fantástico (Globo) no domingo (19) e o caso chama a atenção pela obsessão relatada pelo profissional e pelo desespero vivido desde que ele atendeu a modelo e artista plástica Kawara Welch.

A perseguição foi registrada em boletins de ocorrências na Polícia Civil e denunciada à Justiça pelo Ministério Público. Kawara ainda não foi julgada pelo caso e está presa preventivamente devido a outra acusação, de furto qualificado.

Segundo o relato do médico, ela foi atendida por ele em um hospital particular em 2018, com sintomas de depressão. Depois disso, teria procurado o profissional na clínica em que ele trabalha e dado origem ao stalking.

De acordo com a acusação, Kawara no início mandava mensagens e fotos consideradas perturbadoras ao médico, em tom de despedida e simulando suicídio. Depois, teria começado a fazer ameaças, o que fez com que ele decidisse parar de atendê-la.

A jovem também é acusada de ligar com insistência para a mulher e o filho do médico, mesmo ele sendo uma criança.

Em um único dia, ela chegou a mandar 1.300 mensagens. Em outro, fez mais de 500 ligações. O médico trocou de celular várias vezes, mas, de acordo com ele, a modelo sempre descobria. A mulher usou 2 mil números diferentes de celulares para enviar mensagens e fazer ligações.

“Ela tinha uma facilidade incrível de achar meu número novo”, ele disse ao Fantástico.

Kawara é suspeita também de perseguir o profissional nas ruas e em 2022 e 2023 teria invadido o consultório dele. Em uma dessas ocasiões, foi acusada de furtar um celular.

A modelo foi presa no início de abril em uma faculdade particular de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Além do furto, é acusada de não cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça.

A defesa de Kawara nega que ela tenha praticado os crimes.

O médico e a família fazem tratamento contra pânico.

Redação / Folhapress

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