Mulheres protestam contra presença da cracolândia no centro de SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Moradores de um condomínio na rua Mauá, no centro de São Paulo, fizeram um protesto nesta segunda-feira contra a presença da cracolândia na região. O ato teve a participação de 25 pessoas, a maioria, mulheres.

Segundo os manifestantes, a grande presença de mulheres acontece porque elas têm sido alvos mais comuns de roubos e de assédios.

Moradores protestam contra a cracolândia no centro de SP Paulo Eduardo Dias/Folhapress Moradores protestam contra a cracolândia no centro de SP **** “A mulher se sente mais insegura do que os homens e pensa mais nos filhos. Muita mulher é chefe de família. É só ela e os filhos”, disse a oficial administrativo Alessandra Schiavoni, 48.

“Nós queremos uma solução para tirar eles [os usuários] daqui. Nós não temos sossego. Nós não podemos sair. Nós não podemos abrir a janela porque eles usam a calçada de banheiro”, acrescentou a autônoma Adriana de Jesus, 49.

Os manifestantes cobraram ações das gestões Ricardo Nunes (MDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto a permanência da concentração de usuários de drogas na rua dos Protestantes, em um ponto próximo à Mauá.

O ato, que foi acompanhado por uma equipe da Polícia Militar, ocorreu sob chuva. Muitos dos participantes citaram o ataque que ocorreu durante o fim de semana contra o Bar Brahma, que também fica no centro. O caso foi usado como um exemplo do aumento de violência na região.

Uma das participantes foi a dona de casa Edna Arara da Silva Oliveira, 54. Ela foi vítima de um assalto no último sábado (2) no cruzamento da rua Mauá com a General Couto de Magalhães. O ponto está a menos de 50 metros do Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana.

“O ladrão me jogou no chão e estou toda machucada. A GCM viu e ninguém fez nada. Hoje fui na corregedoria. Levaram minha bolsa com R$ 500 que era para meu remédio para câncer”, afirmou ela, que passa por um tratamento de câncer no fígado e no pâncreas.

“É muito feio morar no país e só ver solução com manifestação e mesmo assim o nosso prefeito e nosso governador não resolvem”.

PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress

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