SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Festival Literário do Museu Judaico, em São Paulo, chega a sua segunda edição a partir desta quinta-feira, 30, e segue até domingo, dia 3, com uma programação robusta dividida em 12 mesas.
Inaugurado em 2022, o Flimuj discutirá neste ano temas como identidade coletiva, pertencimento comunitário e o direito à lembrança e ao esquecimento, tanto a partir de olhares judaicos como não judaicos, aproximando a conversa a outras perspectivas racializadas.
Inextricável do debate geopolítico, a discussão sobre judaísmo se manteve quente no noticiário desde o início da guerra envolvendo Israel e Hamas, mas o desenho do festival foi fechado antes que estourasse e não reage diretamente a ela, se dedicando a aspectos a princípio mais íntimos.
O evento com curadoria de Rita Palmeira e Daniel Douek terá cinco participações internacionais de peso entre seus 30 autores convidados uma delas já na abertura, nesta quinta, quando o comediante David Baddiel, autor de “Judeus Não Contam”, discute com Giselle Beiguelman a relação da militância progressista com o antissemitismo.
Compõem ainda a programação o americano Lewis Gordon, autor de “Medo da Consciência Negra”, que articula as discriminações a negros e judeus; a francesa Colombe Schneck, que estava na Flip na semana passada lançando seu “Dezessete Anos”; o israelense Iddo Gefen, que produziu uma pesquisa coletando sonhos de cidadãos de Palestina e Israel; e a alemã Lena Gorelik, autora de um romance autobiográfico que reflete sobre a identidade alemã hoje.
O time de autores brasileiros também traz nomes célebres como Bernardo Kucinski, Bianca Santana, Michel Gherman, Christian Dunker, Michel Laub, Betina Anton, Vera Iaconelli e Cida Bento, as duas últimas colunistas da Folha de S.Paulo.
O evento se encerra no domingo com uma apresentação de contornos musicais, em que as artistas Assucena e Fortuna articulam gênero e ancestralidade por meio de canções.
Veja abaixo a programação completa do Flimuj 2023.
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Mesa 1 | 30/11, quinta-feira, às 19h
Quem se lembra dos judeus?
Com David Baddiel
mediação de Giselle Beiguelman
Mesa 2 | 1º/12, sexta-feira, 16h
Judeu é branco?
Com Cida Bento e Michel Gherman
mediação de Thais Bilenky
Mesa 3 | 1º/12, sexta-feira, às 18h
Bom, agora a gente pode começar?
Com Cíntia Moscovich e Jacques Fux
mediação de Rita Palmeira
Mesa 4 | 1º/12, sexta-feira, às 20h
Tal mãe, tal família?
Com Micheline Alves e Vera Iaconelli
mediação de Marilia Neustein
Mesa 5 | 2/12, sábado, às 11h
Você acha que alguém como você pode escrever sobre a Shoá?
Com Colombe Schneck e Michel Laub
mediação de Adriana Ferreira Silva
Mesa 6 | 2/12, sábado, às 14h
Quando foi que me descobri?
Com Bianca Santana, Clarice Niskier e Márcia Mura
mediação de Fernanda Diamant
Mesa 7 | 2/12, sábado, às 16h
A Baviera é aqui?
Com Betina Anton e Marcos Guterman
mediação de José Orenstein
Mesa 8 | 2/12, sábado, às 18h
Pode alguém escapar sozinho?
Com Lewis R. Gordon
mediação de Mylene Mizrahi
Mesa 9 | 3/12, domingo, às 11h
Quem é que pode deslembrar?
Com Bernardo Kucinski e Flavia Castro
mediação de Paulo Werneck
Mesa 10 | 3/12, domingo, às 14h
Para onde foi a minha casa?
Com Lena Gorelik e Prisca Agustoni
mediação de Sofia Mariutti
Mesa 11 | 3/12, domingo, às 16h
Ainda dá para sonhar?
Com Christian Dunker e Iddo Gefen
mediação de Ilana Feldman
Mesa 12 | 3/12, domingo,às 18h
Se eu cantar, vocês escutam?
Com Assucena e Fortuna
mediação de Marília Neustein
Redação / Folhapress