Música de iraniana com Pabllo Vittar escala e chega à 14ª posição no Spotify global

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma música de Sevdaliza, cantora iraniana radicada na Holanda, está crescendo na parada global do Spotify nas últimas semanas. “Alibi”, que já caminha para ser um dos maiores sucessos da artista, tem participação da drag queen maranhense Pabllo Vittar e da francesa Yseult.

Na quarta-feira (17), a música ficou na 14ª posição entre as mais tocadas do mundo na plataforma de streaming –quem lidera é Billie Eilish, com “Birds of a Feather”, de seu álbum mais recente, “Hit me Hard and Soft”. Foi o dia em que a faixa acumulou o maior número de reproduções desde que foi lançada, há três semanas.

É o mesmo ranking que Anitta alcançou o topo, há dois anos, com o hit “Envolver”. No caso da cantora carioca, a música foi impulsionada por uma campanha entre os fãs e entre os brasileiros, que se mobilizaram para ouvir a faixa na plataforma e promover uma artista de seu país ao topo da parada global –feito que até então era inédito.

Desta vez, Sevdaliza e Pabllo também estão convocando os fãs a ajudá-las a fazer “Alibi” crescer. “Temos oportunidade de fazer história!”, afirmou a iraniana no X (antigo Twitter). “Uma mãe refugiada iraniana, uma drag queen brasileira e uma mulher negra francesa plus-size podem ser globais.”

Sevdaliza também disse que, caso a música alcance o primeiro lugar, vai ganhar um remix. Após o incentivo para que os fãs ouçam a música, a internet ficou tomada por rumores de que o reggaetonero porto-riquenho Bad Bunny é um dos nomes que estariam na nova versão.

O Spotify divulgou que a chegada de “Alibi” ao top 20 da parada global traz consigo algumas marcas. Sevdaliza se tornou a primeira artista do Irã a entrar neste ranking, Pabllo passou a ser a primeira drag queen brasileira na lista e Yseult, a primeira mulher da França a ter uma música entre as 20 mais tocadas no planeta.

Pabllo Vittar também está em campanha pela música. Na segunda (15), ela pediu que outros fã-clubes se unissem para fazer mutirões e impulsionar “Alibi”. “Se a gente se juntar, consegue colocar em primeiro. Seria um marco para a minha carreira”, disse no X. Dois dias depois, a drag divulgou um vídeo dançando a música na avenida Paulista, em São Paulo.

Nascida em Teerã, no Irã, Sevdaliza se mudou para a Holanda aos cinco anos de idade e chegou a jogar basquete profissionalmente, tendo atuado pela seleção do país. Hoje, ela tem 36 anos, e está na música há mais de dez, tendo lançado dois álbuns e vários EPs.

Em comparação com “Alibi”, que é pop, dançante e tem elementos do funk brasileiro, a obra de Sevdaliza é geralmente mais atmosférica, sóbria e reflexiva. Ela passeia por sonoridades eletrônicas mais experimentais, na linha de artistas como a irlandesa Björk.

A cantora também chegou a receber críticas negativas por promover a canção exaustivamente. “Não ligo de promover muito minha música”, disse no X. “Batalhei muito para estar aqui, viva, saudável e batalhando. Todas as probabilidades estavam contra mim, então por que não celebrar com meu povo lindo? Ouçam ‘Alibi’.”

Sevdaliza já se cantou no Brasil em diversas ocasiões. Passou por São Paulo e Recife há cinco anos, integrou a escalação do festival Primavera Sound de 2022, na capital paulista, e voltou à cidade este ano para se apresentar na festa Mamba Negra.

Redação / Folhapress

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