O Mutirão de Emprego do Sindicato dos Comerciários de São Paulo com 12 mil vagas termina nesta sexta-feira. O feirão é realizado na rua Formosa, 99, no Vale do Anhangabaú (região central da capital paulista), das 8h às 17h.
Os trabalhadores interessados devem comparecer pessoalmente ao local, com RG e CPF, carteira de trabalho, comprovante de residência e um breve currículo. Os jovens que ainda não têm carteira de trabalho devem levar só o RG. Também não precisam de currículo. É necessário ter a partir de 16 anos.
Do total de postos, 6.000 são para estágio ou jovem aprendiz, direcionados ao primeiro emprego, oferecidos em parceira com o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), mas há também vagas para profissionais mais velhos, a partir dos 50 anos.
Na terça-feira (1º), quando o feirão foi aberto com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, trabalhadores madrugaram na fila em busca de recolocação. Dentre as oportunidades oferecidas estão atendente de loja, auxiliar de limpeza, padeiro, assessor de atendimento, telemarketing, porteiro, vigilante, camareira, manobrista, tosador para pet shop, motorista e cozinheiro, entre outras.
Há mais de 140 empresas participando da seleção de profissionais, incluindo Riachuelo, Assaí Atacadista, Chama Supermercado, Casas Bahia, Atacadão, Carrefour, Pet Center, Exata, IBM, Magazine Luiza e Renner.
Os trabalhadores que vão ao local podem enfrentar uma pequena fila. Neste ano, a fila está menor do que em anos anteriores, o que tem sido atribuído à melhora da condição de trabalho no país. Mesmo assim, o desemprego em 8% ainda é considerado alto.
Segundo o sindicato, foram distribuídas 1.500 senhas por dia. O trabalhador que chega passa por uma triagem, no térreo do edifício, e, depois, é direcionado para os recrutadores da empresa para a vaga que mais se encaixa. Em geral, ele faz uma ficha ou entrega seu currículo, e pode ser selecionado para uma vaga mais próxima de sua casa. Há, no entanto, a possibilidade de sair empregado.
No ano passado, a primeira trabalhadora da fila, Roseli Aparecida Mariano Cavalcanti, 59, chegou às 19h do dia anterior, foi atendida e conseguiu emprego. Na ocasião, ganhava R$ 50 por dia para lavar banheiros. Hoje, está empregado com carteira assinada há um ano e dois meses, e logo entrará de férias.
“Eu estou muito contente, hoje eu não passo dificuldade. Antes eu ainda passava, mas, agora, graças a Deus apareceu essa oportunidade de abrirem as portas para mim, consegui e estou trabalhando até hoje”, disse.
No local, além das vagas, há uma série de serviços como vacinação, consulta para detectar câncer bucal, acolhimento a estrangeiros e regulamentação de documentos da população LGBTQIA+.
Também são disponibilizadas cursos gratuitos. As orientações estão nas áreas de educação estão sendo dadas por parceiros do feirão, incluindo Sesi, Senac e Senai, além do CATE (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo). O Senac oferece 33 mil vagas em cursos gratuitos na Grande SP. Basta se cadastrar no site Programa Senac de Gratuitdade.
Na edição de 2022, o mutirão teve mais de 15 mil candidatos e 10 mil vagas oferecidas ao final. A edição foi a primeira presencial após a pandemia de coronavírus. No ano passado, como em todas as edições, o mutirão contou com uma longa fila de trabalhadores em busca de emprego, mas menor do que em anos anteriores.
No primeiro dia de evento no ano passado, apenas na primeira hora, 1.200 senhas já haviam sido distribuídas. Em ocasiões anteriores, esse número chegou a 3.000. O balanço final mostrou um total de 3.600 senhas distribuídas ao longo do dia.
CRISTIANE GERCINA