TERESÓPOLIS, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O atacante João Pedro, um dos estreantes da seleção brasileira, contou nesta terça-feira (14) como fez para ganhar mais peso e ficar mais forte, atuando no futebol inglês. O segredo para ele foi o trabalho durante a pandemia.
“Na quarentena a gente tinha um grupo de zoom no Watford. O preparador acompanhava. Tive uma alimentação com nutricionista e fazia academia em casa. Como não estava jogando, ganhei rápido. Na quarentena, acho que foi o momento essencial para mudar o meu corpo”, disse ele, ainda acrescentando:
“Futebol inglês é um jogo de muito contato. A primeira coisa que tive que fazer foi trabalhar a parte física minha. Na quarentena, ganhei oito, nove quilos (foi para 79kg). A partir daí, tive mais oportunidade. Com mais força, você consegue segurar mais a bola”.
Chance na seleção. “Muito feliz por estar aqui. Realmente não esperava, mas sabia que estava fazendo um bom trabalho. É um sonho de todo mundo, de toda criança”.
Rodou na Inglaterra até chegar ao Brighton. “Como todo mundo sabe, saí muito cedo. Infelizmente no Watford não aconteceu o que eu esperava, que era uma sequência na Premier League. Foram dois anos na Championship. Mas não teria momento melhor para eu estar aqui. Aprendi sofrendo. Tive que evoluir, correr atrás, vi muitos passarem a minha frente. Acho que valeu a pena”.
Diniz está diferente dos tempos de Flu? “Pelo que eu vi, acho que o Diniz não mudou nada, não. Nas primeiras conversas, ele desejou parabéns, porque ele via o meu trabalho. Diniz tem aquele lado dele dentro de campo e fora dele ele tenta ajudar a todos. Ele perguntou sobre adaptação e foi mais isso mesmo”.
O Brasil vai enfrentar a Colômbia na quinta-feira, em Barranquilla, às 21h (de Brasília), pelas Eliminatórias.
OUTRAS RESPOSTAS DE JOÃO PEDRO
Concorrência
“Eu não procuro ficar olhando o trabalho dos outros. Eu acompanho, mas se eu estiver merecendo, o Diniz ou outro treinador vai escolher os melhores. Procuro trabalhar para fazer o meu melhor para estar aqui na seleção brasileira”.
Premier League
“Acho que a Premier League é o campeonato mais difícil do mundo. Como tem tantos atacantes brasileiros lá, acho que a gente acaba disputando jogos contra os melhores zagueiros e melhores goleiros. Alisson e Ederson estão lá. Isso facilita para o brasileiro que joga a premier league estar aqui na seleção”.
Preferência por mais experientes
“Jogadores que já jogaram Copa do Mundo têm uma experiência a mais, por mais que novos, acabam tendo mais pressão. Mas todos que estão representando essa camisa precisam estar preparados”.
Versatilidade
“Eu saí do Brasil como 9. Mas no Watford joguei como meia e de ponta. Isso só facilita para mim. Se precisar de ponta, eu faço. Se precisar de meia, também. Acaba aumentando a minha chance de estar em campo. No Brighton, faço duas, três funções. Facilita estar em campo e é isso que eu quero”.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress