SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Há pouco mais de três anos, a carreira de Adriana Araújo 51, passou por uma mudança drástica. A jornalista tinha 15 anos de carreira na Record quando, em março de 2021, foi demitida após um processo de “fritura” no meio da pandemia.
Adriana afirma não ter dúvidas sobre o motivo de o canal evangélico ter decidido mandá-la embora. “Para mim, não era possível compactuar com nenhum tipo de negacionismo. Expus internamente as minhas críticas, e isso gerou um processo de afastamento do Jornal da Record e, depois, a demissão.”
Ela não se arrepende de nada, pelo contrário. “Tenho convicção do meu compromisso com a notícia. O que estava em jogo ali era a vida das pessoas”, diz a hoje funcionária da Band, emissora que a contratou ainda em 2021, poucos meses depois de sua saída turbulenta da Record.
De lá para cá, ela já comandou na emissora o programa Boa Tarde São Paulo, que teve vida curta, e estreou na bancada do maior jornal da casa, o Jornal da Band. A nova fase também possibilitou que ela realizasse um desejo antigo: o rádio. “Sempre adorei, mas pensava que ninguém ia me chamar porque faço TV há 26 anos.”
O Entre Nós é uma atração da BandNews FM que está no ar há dois anos e, a partir da próxima segunda-feira (15), poderá ser visto também no canal pago BandNews. Adriana rejeita qualquer comparação com o programa Estúdio i, comandado por Andréia Sadi na GloboNews, concorrente de horário.
Para a apresentadora, sua atração é nova, inédita e requer mais dinamismo, mas não nega que é preciso ficar de olho no que a concorrência faz. Seus companheiros de quadro são Juliana Rosa, Thaís Dias e Renan Sukevicius.
“O horário [das 14h às 16h] foi encaixado conforme a minha agenda, não posso fazer mais tarde porque tenho que me preparar para o Jornal da Band. [No programa] Não posso ficar por 40 minutos debatendo um assunto só porque tenho que atender o público da rádio e, agora, o da televisão também.”
Depois de quase três décadas de carreira no jornalismo, Adriana já se pegou pensando em entrar para o admirável (e, muitas vezes, mais rentável) mundo do entretenimento. Mas… Será? “Já fiz essa pergunta para mim mesma algumas vezes e a resposta é: Sim, tenho interesse. Mas talvez sinta uma dor, do tipo ‘será que é isso que quero mesmo?’ Meu coração bate forte pela notícia”, afirma.
MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress