SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A atriz brasileira Fernanda Torres, que vem tentando uma indicação ao Oscar do ano que vem pelo filme “Ainda Estou Aqui”, afirma que participar de tapetes vermelhos nos eventos mundo afora é parte fundamental da campanha pelo reconhecimento da premiação.
“É um trabalho de embaixada. Tapete vermelho é o lugar onde você se apresenta fora da tela, onde se cria uma imagem personificada daqueles que realizaram o filme”, ela afirma, em meio às brechas dos seus afazeres.
“No caso de uma mulher, ainda tem o tal do glamour, a maquiagem, o cabelo e a roupa, que não é simples de acertar”, diz. “Não pode ser muito nem pouco, não pode ser deslumbrada nem pé-rapada.”
Em “Ainda Estou Aqui”, Torres interpreta Eunice Paiva, mulher de Rubens Paiva, ex-deputado cassado e morto pelo regime militar. Ela precisa lidar com a perda repentina do marido enquanto assimila que terá de criar os cinco filhos sozinha.
– Looks de Fernanda Torres são instrumentos políticos nos red carpets
“É preciso não só se maquiar, se vestir, e criar a sua imagem pessoal, mas também ser capaz de se comunicar em inglês para uma plateia exigente, de explicar o seu filme com clareza. Você vai repetindo as respostas e se aprimorando, vai chegando a novas conclusões conforme caminha”, diz Torres.
A brasileira vem chamando atenção da mídia americana. Ela foi chamada de ícone global pela revista Vanity Fair, que publicou uma reportagem sobre os momentos mais importantes da sua carreira. “Seu retrato poderoso lhe rendeu um lugar na disputa de melhor atriz liderada pelas megaestrelas Nicole Kidman, Angelina Jolie e Demi Moore”, escreveu a revista.
Na semana passada, Torres recebeu 2,8 milhões de curtidas em uma foto publicada no Instagram do Oscar, o The Academy. É uma quantidade 50 vezes maior que a recebida por Demi Moore, protagonista do badalado “A Substância”.
GUILHERME LUIS / Folhapress