PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) – Em todas as suas lutas, a judoca Beatriz Souza ganhou com golpes em suas adversárias, sem deixar que as disputas fossem decididas por punições. Seu caminho para a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris-2024, portanto, foram indiscutíveis sob o ponto de vista de arbitragem, como ocorreram com outras categorias.
Foi uma estratégia da atleta brasileira: lutar de forma agressiva para não deixar as decisões nas mãos dos árbitros.
“Eu não gosto muito de ficar carregando a luta no Shido (punição). Porque isso não fica dentro do meu controle, né? Fica ali mais pergunta da arbitragem. A gente nunca sabe quando que vai estar tudo correto no dia. Então eu prefiro não deixar essa responsabilidade na mão deles. Eu sempre procuro definir muito a luta”, contou a judoca brasileira.
Na luta final, ela ganhou com um Waza-ari. Na semifinal, deu um ippon na francesa Romane Dicko, 1a lugar do ranking mundial. Foi uma sequência de um golpe que se transformou em imobilização.
Bia Souza admitiu que a vitória sobre Dicko foi uma espécie de vingança para a derrota que sofrera no Mundial de 2022.
“Acabou, porque eu lutei com a Dico, não tinha problema nenhum, fiquei muito feliz”, contou ela. “Eu, pelo menos, não aceito as lutas que eu perco, eu paro: converso muito com o Leandro sobre, a gente tenta corrigir o máximo no clube para vim botar em prática”, analisou.
“Então eu fico feliz mais pela minha evolução em cima do tatame, em questão de pegada, em questão de golpe, em questão de força, do que lembrar da derrota do Mundial.”
RODRIGO MATTOS E PAULO FAVERO / Folhapress