RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Joana Fomm, 84, não é o tipo de pessoa que a turma da cultura costuma encontrar em eventos, por isso a presença da atriz na premiação da Associação dos Produtores de Teatro (APTR), na última segunda-feira (1) foi comemorada pelos colegas de profissão.
Bastante assediada e festejada, ela ainda se recupera de um acidente doméstico que lhe causou problemas na bacia. Sempre sentada, Joana contou que anda surpresa com a quantidade de remakes na TV brasileira.
“Vão refazer mesmo ‘Vale Tudo’, né? Já ouvi que querem fazer outras novelas também e eu me pergunto: pra quê? Não gosto de remakes”, afirma, categórica. “Acho que uma novela nova é sempre um frescor e clássicos devem ser guardados”, diz a intérprete de personagens marcantes da teledramaturgia brasileira, como Yolanda, de “Dancin’ Days” (1978), Perpétua, de “Tieta” (1989), e Rita, de “Porto dos Milagres” (2001), todas na Globo. “Minhas personagens não quero que ninguém faça. Só eu mesma”, declara.
Apesar de ser contra os remakes, ela afirma que gostaria de ter fazer parte do elenco da nova versão de “Elas por Elas”, assim como aconteceu com Esther Góes e Reginaldo Faria, com quem trabalhou na versão original da novela, escrita por Cassiano Gabus Mendes (1929-1993). À época, ela interpretou Natália, papel de Mariana Santos na releitura de Thereza Falcão e Alessandro Marson, que chegou ao fim em abril. “Não me chamaram. Estava de cama, mas eu gostaria de ter participado e participaria de qualquer jeito”.
Sem fazer novelas desde “Malhação: Pro Dia Nascer Feliz”, que foi ao ar em 2016 (ela só fez algumas participações esporádicas nesses últimos oito anos), Joanna diz que está “com a cabeça ótima” e gostaria de voltar a trabalhar. “Quero ter um papel de uma vilã de novo. Ah, eu adoro fazer vilã. Já estou quase boa fisicamente e aí eu vou voltar”, promete. “Fui envelhecendo e não me chamaram mais… os convites foram diminuindo. Será que não existem mais papéis para mim?”.
ANA CORA LIMA / Folhapress