RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – São mais de 50 anos de carreira e mesmo com tanto tempo de trabalho nas costas, Diogo Vilela, 66, não deixa de se entusiasmar com a profissão. Depois de gravar a atual temporada de “Vai Que Cola” (11ª), no Multishow, ele foi convidado para atuar em outra série de humor, “Body by Beth”, produzida pela Migdal Filmes, e que será exibida no TNT.
“Quando fui convidado para fazer Ri-Man, vi ali uma oportunidade de realizar uma transformação porque a carpintaria do personagem era bem diferente de tudo o que eu já tinha feito”, diz. Seu personagem é o mocinho, que sustentava a imagem de um cara sarado e campeão do Muscle Classic no passado.
Até que uma experiência de quase morte o fez mudar. Trocou o fisiculturismo pela ioga, se divorciou de musa fitness dos anos 80 e 90 Beth (Marisa Orth) e casou-se com Ronaldo (Guilherme Weber). “Os personagens erram entre si, brigam, e se amam por isso”, conta ele, que se diz “honrado” de fazer parte deste projeto. Ainda sem previsão de estreia, “Body by Beth” terá 10 episódios na primeira temporada
Em conversa com a Folha de S.Paulo, Diogo elogia Marisa Orth, companheira de tantas outras jornadas, e diz não saber o motivo de ser convidado com mais frequência para trabalhar em comédias do que em qualquer outro gênero da teledramaturgia. Conta que até tentou desfazer do estigma de ‘ator cômico’, sem resultado. Desencanou com o tempo e com o sucesso de seus personagens na “TV Pirata”, no “Zorra” e em “Pé na Cova”. “Entendi e entendo que na linguagem da comédia eu me saia bem”.
PERGUNTA – O que te levou a aceitar o convite para este papel?
DIOGO VILELA – Sou um ator que busca personagens diferentes, tanto no tom como no temperamento. Quando fui convidado para fazer Ri-Man, vi uma oportunidade de realizar uma transformação, era bem diferente de tudo o que eu já tinha feito. E já fiz bastante coisas (risos).
P. – Qual o diferencial desta série para todas as outras que estão no mercado? ‘
DV – Body by Beth’ tem uma premissa, a meu ver, muito humana. Os personagens erram entre si, brigam, e se amam por isso. É uma honra para mim estar nesse projeto. Acho que o público vai gostar pela diferença dos temas que a obra abrange. As novidades e os embates são muito bons, divertidos e construtivos.
P. – Quem é Ri-Man?
DV – Ri- Man é um cara super conflitado que se separou de seu casamento com Beth e vive com Ronaldo em uma nova relação. Tudo de diferente acontece com ele e seu parceiro.
P. – Você é um ator que já fez de tudo um pouco na televisão, no teatro e no cinema, mas muitos diretores o escalam para personagens cômicos. O que acontece?
DV – Não sei por que me chamam tanto para fazer comédia. Talvez pelo meu passado na TV onde fiz programas de humor. Fazendo teatro , fiz personagens que vão de Shakespeare a Plínio Marcos. Porém, entendi e entendo que na linguagem da comédia eu me saia bem.
Não tem como dissociar seu talento de trabalhos como “TV Pirata”, “Toma Lá Da Cá” e “Pé na Cova”. Sabe que na TV eu bem que tentei desfazer esse estigma, sem resultado e acabei fazendo programas de comédia tão marcantes que me favoreceram ao máximo, principalmente junto ao público que assiste aos meus trabalhos.
ANA CORA LIMA / Folhapress