RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (25), o técnico do Botafogo Artur Jorge resolveu dar um recado ao goleiro Everson e ao atacante Deyverson, ainda em relação às confusões ocorridas no empate com o Atlético-MG, rival que também enfrentará no próximo sábado (30), na final da Libertadores.
“Nós tivemos o goleiro do Atlético-MG (Everson), no final, que veio falar que a equipe do Botafogo queria confusão e eu vou responder dizendo que inadmissível é que um jogador tenha chutado a bola na cara do Tiquinho. Isso é fazer confusão. O Hulk no final falou sobre um jogador meu. Hulk que eu muito respeito, mas se preocupou com as palavras de um jogador por ter dito alguma coisa ao adversário. Acho que é de pior tom, quando nós pegamos um jogador da própria equipe e que deseja que um rival seja campeão (Deyverson). E esse rival, que jogou contra o Palmeiras também, deseja o Palmeiras campeão. Quando se tem jogadores dentro do elenco que estejam lutando pela equipe e que desejam que outros sejam campeões, alguma coisa está errada. Portanto, moralmente, para mim, não venham com lições de moral, nem pra mim e nem para meus jogadores”, disse o técnico.
ARTUR JORGE VÊ IGUALDADE ENTRE BOTAFOGO E PALMEIRAS
O treinador lusitano também falou sobre o decisivo duelo desta terça-feira (26) contra o Palmeiras, no Allianz Parque (SP), pelo Campeonato Brasileiro. Na avaliação de Artur Jorge, há uma condição de igualdade entre as equipes nesta altura da competição:
“Em relação ao Palmeiras, nós já fomos campeões este ano, nós já deixamos de ser campeões, nós já fomos favoritos, nós já deixamos de ser favoritos, e isso nunca foi pensado e nem falado por nós. Veio sempre de fora a informação e veio sempre de fora aquilo que era um julgamento sobre esta equipe. E esta equipe tem se mantido sempre muito estável emocionalmente. Se nesta altura, porque tivemos três empates que nos fizeram deixar com que eles se aproximassem, ótimo também. Nesta altura já acabou o fantasma do adversário que se aproxima, ninguém vai atrás de ninguém. Nesta altura, estamos iguais para disputar um jogo que fará a diferença na disputa do título”, disse.
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Ponto zero
“O ponto que nos encontramos é o ponto zero para aquilo que estamos na reta final do campeonato. É um momento que estamos posicionados tal igual um dos nossos rivais na luta pelo título. Nós temos agora nove pontos pela frente, temos um confronto direto nessa terça-feira, temos candidatos mais afastados. Estamos no ponto zero, ponto de partida. Temos que pensar mais no próximo e futuro imediato do que propriamente no que fizemos no passado. Fizemos uma campanha de consistência, tivemos um percurso de elevado nível. Tenho ficado muito tempo calado sobre alguns paralismos sobre a nossa campanha e tenho vistos alguns falarem sobre nós. Posso dizer que tenho ouvidos alguns falarem sobre investimentos, mas relembro que foram investimentos feito sobre ativos na nossa realidade, em jogadores valiosos. Outros candidatos muito investiram em rivais nossos. Tenho ouvido muita coisa e o Botafogo está em uma posição de grande coerência em comportamento e desempenho. Começamos nesta terça-feira uma reta importante, não decisivo. Cá estamos. Estamos preparados e vamos preparados para o objetivo que temos. É por nós de muita ambição um Botafogo muito preparado física e mentalmente nesse três jogos para buscar o título”.
Olho na arbitragem
“Temos uma reta final terrível em termos de dificuldade: Palmeiras, Atlético-MG, na final da Libertadores, Internacional e São Paulo. Equipes de alto nível. Todas elas muitíssimo boas. Não há nenhum resultado garantido. Mas a certeza que eu tenho é para o outro lado, não há uma certeza de resultado quando enfrentam o Botafogo. Portanto, mantenho a mesma linha de raciocínio, sabendo que é difícil o que temos para fazer, mas será exatamente igual para os nossos rivais. Ninguém pode a esta altura ficar satisfeito de enfrentar este Botafogo, somos um adversário incômodo, que ninguém gosta de enfrentar. Temos conquistado o respeito, com o que já conquistamos. Mas, como disse, vamos olhar essa reta final de quatro jogos com a ambição que nos tem guiado cada uma dessas competições que nos mantemos vivos. Vamos dar o nosso melhor para podermos lutar até a última gota de suor. Essa será sempre a marca deste Botafogo. Se vamos conseguir ou não, será muito por competência do seu treinador de seus jogadores, como disse, uma série de contextos para que possamos agarrar isso de forma positiva. Esperamos também que haja rigor, justiça, igualdade no tratamento. Que não seja preciso dois, três pênaltis para se ganhar um jogo. Que os erros de arbitragem não beneficiem sempre o mesmo. Que possa ser uma reta final de campeonato justa para todos, equilibrada e que saia aquele que for o melhor. E nós vamos lutar para que sejamos nós os melhores no fim”.
BRUNO BRAZ / Folhapress