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Navarro faz BO contra Bobadilla por xenofobia; meia do SPFC deve ser ouvido

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O lateral Miguel Navarro, do Talleres, registrou um boletim de ocorrência ainda na noite desta terça-feira (27) após acusar Damián Bobadilla, do São Paulo, de cometer xenofobia. O meia paraguaio é aguardado pelas autoridades brasileiras para prestar depoimento nesta quarta-feira (28).

O caso foi registrado como injúria racial na Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva).

DETALHES DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Segundo o BO, Navarro conta que estava chorando no vestiário do estádio Morumbis quando foi informado que o ato de xenofobia é considerado crime no Brasil.

“[Neste] momento, o atleta procurou os policiais militares para narrar os fatos, que então o conduziram até a delegacia especializada para os atos de polícia judiciária”, diz o documento obtido pela reportagem, registrado pela 6ª Drade.

Os policiais também ouviram dois jogadores do Talleres, Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, como testemunhas. Além disso, as autoridades colheram o depoimento do árbitro responsável pela partida, Piero Maza Gomez.

A polícia convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta quarta-feira (28). Bobadilla é aguardado para depor, mas, até agora, foi apenas convidado e não intimado.

Ainda de acordo com o depoimento, Navarro conta que avisou ao árbitro assim que ouviu Bobadilla chamá-lo de “venezuelano morto de fome”, mas Gomez teria negado ter escutado algo a respeito.

No elenco do São Paulo, Nahuel Ferraresi, amigo próximo de Bobadilla, também é venezuelano. Navarro afirmou que tanto Ferraresi quanto Arboleda teriam ficado do lado dele ainda no gramado.

Depois do ocorrido em campo, o árbitro da partida orientou Bobadilla a descer para o vestiário logo após o apito final para evitar mais confusões. Ele ainda estava no vestiário quando os demais atletas desceram, mas não mais depois do depoimento, que ocorreu cerca de 20 minutos após o término do duelo.

O QUE DIZ O SÃO PAULO

A reportagem apurou que São Paulo decidiu não se manifestar sobre o caso até que todas as informações sejam esclarecidas. O clube não impediu que a Polícia entrasse no vestiário para procurar por Bobadilla nesta terça-feira (27) depois do jogo, mas o paraguaio já havia deixado o local.

BEATRIZ CESARINI, EDER TRASKINI E LUIS ADORNO / Folhapress

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